Natal é sempre
uma cilada,
O dia de
encarar o amor involuntário,
Resgatar sua
identidade primária,
Algumas
vezes, o reencontro daquilo que se deixou para trás.
É voltar ao
berço, ao colo, a brincadeira de roda, aos castigos e proibições e ao tempo que
era “modelado” pelos pais, família e todos que nos cercavam.
Natal é também
reviver a experiência de um dos primeiros rituais experimentado, mas sem o olhar da
ingenuidade, sem a crença num Papai Noel.
O presente do
Papai Noel é também uma das primeiras vivências na qual as crianças descobrem
ao olharem para o primo, coleguinha e desconhecido que, definitivamente, não são todas iguais.
Natal é
família, as vezes é dor e alegria.
Mas, principalmente, antes de tudo, Natal
representa o encontro do amor que não se explica e que também, a maioria das vezes, nos salva.
Não podemos renegar aquilo de bom que advém da família, mas também não podemos deixar que nos restrinjam a família reduzida que se define pela cor da pele, condições socio-econômicas ou pela orientação sexual, negando o direito de ser apenas igual.
No Natal, em tese, o Pai é um só e somos todos irmãos.
Feliz Natal!
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