Eis que, de repente, descobrimos que Gloria Perez é uma admiradora entusiasmada de Marcelo Dourado, e assume advogar sua defesa publicamente, tanto quanto fazem aqueles advogados de Suzane Richtofen e do casal Nardoni que a mesma condena!
A mesma novelista que criou um personagem pitboy, baseando-se em histórias reais, saiu em ataque aos homossexuais, acusando-os de discriminarem Marcelo Dourado e, em outras palavras, de endossarem uma falsidade.
Afirmou ela que Marcelo Dourado não é homofóbico. Com base em quê, senhora escritora? De sua experiência na pele, enquanto homossexual, diante de Marcelos Dourados em sua vida? Com certeza não!
Imaginava que pessoas inteligentes e sagazes tivessem sensibilidade suficiente para perceber onde mora o preconceito e o qual o sentido do termo homofobia para a comunidade LGBT. Pelo vista ela desconhece ambos.
Pode parecer jogo baixo mencionar advogados de criminosos, até porque ninguém pode fazer tal afirmação de Marcelo Dourado. Não pode mesmo, porque a lei que transforma em crime a homofobia está lá engavetadíssima no Senado Federal. Nem isso os homossexuais têm, a eles cabem apenas o grito e os dedos para digitar. Dourado é e continuará inocente enquanto para o Brasil a homofobia não for crime.
Não convive a tal senhora com pitboys violentos, que têm horror a viados e sapatões, que lhes dão socos, chutes, cusparadas, facadas, marretadas e introduzem alguns instrumentos em seus orifícios, fazendo-os entrar nas estatísticas de vítimas de homicídio a cada dois dias. Alguns sobrevivem, como foi o caso de Ferrucio, rapaz de Niterói que no ano passado sofreu tal violência.
Pitboys que fazem cara de nojo quando ouvem alguma história homossexual, que se sentem ofendidos se alguém se atrever tocar num assunto que envolva o tema e que utilizam delicadamente o termo viado, bicha e sapatão para xingar aqueles que não gostam. Pitboys que se divertem atingindo e agredindo drag queens, travestis e até prostitutas fazendo ponto.
Pitboys que se negam a usar camisinha com as marias-alguma-coisa, porque são machos, e a AIDS é uma peste gay.
Pitboys que têm como máxima, mandar e apoiar seus amigos "arrepiarem" as mulheres e para quem sair para zoar se traduz em quebrar um bar por onde passem.
Marcelo Dourado não é homofóbico para a escritora, que parece ainda viver no seu mundo de fantasias, criado para si mesma, com o final que der a maior audiência.
Dourado, para Glória Perez, não tem problema com homossexuais. Vai ver que por isto, hoje seu amigo Cadu, que já convivia anteriormente com ele do lado de fora do programa, ao fazer sua justificativa para Dourado ganhar, disse na frente do mesmo, sem qualquer contestação e em bom som: “ele conviveu (dentro do problema dele, que foi posto aqui dentro do programa) de conviver com um gay, ele se saiu muito bem...”. Qual problema Cadu?! Afinal, Dourado não tem problema com homossexuais. Os homossexuais que o discriminam!
Dizer que a AIDS é doença de homossexual, sem dúvida é ignorância, assim como é uma total ignorância o ser que ataca brutalmente um outro ser humano, espanca, mata ou apoia em público a violência. Fazer tal afirmativa, fosse na boca de alguém que apenas repetisse o que ouviu, desprovida de juízo de valor sobre os homossexuais, aí sim, poderia supor que seria mera ignorância. Mas vindo daquele que não esconde a cara muito feia que faz, reclamando publicamente do apresentador do programa (Bial), porque este disse que um gay o admirava como homem, lamentando sua sorte por conviver com tal tipo e questionando o que fazia lá, assim como o que seus amigos não estariam pensando dele, a ponto do Bial, num outro bloco, pedisse para que levasse na esportiva, certamente é a exata idéia que tenho de “rejeição ou aversão a homossexual”, ou seja, em nosso dicionário, homofobia.
Mas Dourado se saiu bem, escritora. Ele negociou seus arrotos na mesa com o fim de papo de viadagem.
Daria um bom texto para sua novela os argumentos de Dourado para aquilo que ele chamou de Orgulho Hetero. Tem lógica total, afinal os héteros como ele se orgulham de sua condição de macho, colocando uma linha bem firme que os separam dos homossexuais. Aqueles por quais ele não possui qualquer rejeição, é claro!
Pena que os homossexuais brasileiros sejam tão ignorantes e não alcancem sua grande inteligência.
Marcelo Dourado é um pitboy sim, senhora advogada, pois é isso que entendo por alguém que diz para sua parceira Lia, na festa mexicana, que está sentindo falta da liberdade, de pegar sua moto, se juntar aos amigos para sair zoando, arrumar confusão e quebrar um bar.
Porque será que Pitboys, violentos e criminosos, se identificaram - de imediato - com Marcelo Dourado? Aliás, eles pertencem a magnânima “Máfia Dourada”, e, diga-se de passagem, não estão na telinha disputando nada e não precisam fazer o gênero do “pobre menino mau”. Sem temor, ameaçaram a família do gay Dicesar, invadiram sites LGBT, e em seus blogs, demonstrando o quanto e, no que, se identificam com Dourado, fizeram até uma bela campanha:
"Campanha: Dourado quebra logo essas bichas
Dourado é o único naquela casa que odeia aquelas bichas alucinadas. O cara tem que continuar na casa até o final.
Se for eliminado, que seja por dar um pedalaço nas costas daquele Drag Queen ou então daquele emo viadinho saltitante. Boto fé que se ele continuar, não aguenta mais de 2 semanas sem quebrar um deles, aheuaheuaehau!
Curte o que o Drag Queen disse:
"Eu não tenho preconceito contra homofóbico, acho que a gente tem que conviver. Ele também é uma pessoa boa, mas pra conviver 24 horas não dá"
Sim, e conviver com uma bicha velha dá por acaso? Haheuaheaue
Se o Dourado for eliminado nas próximas semanas, eu paro de assistir essa porra, pq esse ano ta um nojo. Não da mais para aguentar aquelas bichas. A mulherada mal aparece, é só aquelas bichas o tempo todo, pqp... O fato de ter uma chance do Dourado quebrar um deles é a única coisa que me motiva a ver essa merda esse ano."
leia em:http://vacadodemonho.blogspot.com/2010/01/campanha-dourado-quebra-logo-essas.html
Aliás, a cultura e profundidade filosófica de Marcelo Dourado pode ser reproduzida aqui com seus comentários no dia 09/03, quando explicou ser o símbolo do cristianismo um peixe porque Cristo era de "peixes", indagado se estava se referindo a astrologia, o mesmo corrige: "Não, a astronomia". Em seguida, faz esboço de defesa dos muçulmanos contra os judeus (hummm) e ainda recomendou a leitura do livro 'Assustadora História da Maldade', que possui tema central sobre a moralidade e a maldade. Consegue a advogada escritora correlacionar o lutador de vale tudo ao conteúdo do livro por ele indicado e a sua real profundidade cultural e filosófica?
Dourado, com vontade e consciência, faz REPRESENTAR toda a homofobia que lutamos contra!
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Ter seu preferido no programa é normal, mas audaciosamente dizer que Dourado não é um pitboy homofóbico e que nem traz consigo a lembrança do nazismo, isto sim é má-fé, senhora escritora advogada de defesa.
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