Duas notícias e um contraste: Igreja faz campanha favorável ao casamento gay e candidatos a vice-presidência dão justificativas grosseiras para mera defesa da união civil homossexual.
Como já exaustivamente mencionado aqui neste blog, casamento civil é uma coisa e união civil é outra totalmente diferente e com direitos bem menos abrangentes.
Pois então, se de um lado, a Igreja Cristã Contemporânea faz campanha publicitária em outdoor favorável ao casamento homoafetivo, de outro, em debate realizado ontem, candidatos a Vice-Presidência da República apresentaram discursos ralos e ardilosos apenas para justificar politicamente posição favorável ao mero reconhecimento da união civil gay.
Igreja Cristã Contemporânea
A Igreja Cristã Contemporânea comemora no Rio de Janeiro aniversário com uma grande campanha publicitária em favor do casamento homoafetivo.
Como já exaustivamente mencionado aqui neste blog, casamento civil é uma coisa e união civil é outra totalmente diferente e com direitos bem menos abrangentes.
Pois então, se de um lado, a Igreja Cristã Contemporânea faz campanha publicitária em outdoor favorável ao casamento homoafetivo, de outro, em debate realizado ontem, candidatos a Vice-Presidência da República apresentaram discursos ralos e ardilosos apenas para justificar politicamente posição favorável ao mero reconhecimento da união civil gay.
Igreja Cristã Contemporânea
A Igreja Cristã Contemporânea comemora no Rio de Janeiro aniversário com uma grande campanha publicitária em favor do casamento homoafetivo.
“São mais de 40 outdoors espalhados nas principais vias de acesso do Rio de Janeiro com os dizeres: “Casamento gay, sim! Porque contra o amor não há lei” (Gálatas 5, 22-23), juntamente com a frase o convite para celebração de aniversário que ocorrerá no “Scala Rio” em 7 de setembro de 2010 às 18h com o nome: “A noite das grandezas de Deus””, informa o site da Igreja.
A importância desta campanha é sem precedentes, apesar do fato de ser liderada por uma igreja contribua para que continue a se perpetuar no imaginário das pessoas o equivocado entendimento que casamento seja restritamente um "sacramento religioso".
Mas já que, apesar das inúmeras associações civis LGBTs espalhadas pelo Brasil, nenhuma se insurja com uma campanha em favor do casamento homossexual, inclusive, destacando a descomunal diferença o casamento civil do religioso, a iniciativa da Igreja Cristã Contemporânea é uma luz na escuridão que encontramos.
Só assim veio à baila no Brasil o tema: casamento gay, sim!
E vindo de uma igreja, ainda melhor, pois demonstra que não há unanimidade sobre a questão nem mesmo na seara das religiões. Aliás, a justificativa de tal defesa pela Igreja Cristã Contemporânea é também embasa na filosofia e doutrina cristã.
Esta Igreja e sua campanha merecem total apoio da comunidade lgbt. Que eu saiba é a única que nos presenteia com uma campanha publicitária neste sentido.
Visite o site da Igreja e partilhe com o número máximo de pessoas essa campanha.
Debate dos candidatos a vice-presidência sobre direitos homossexuais
Os nossos interesses políticos já nem são mais discutidos pelos candidatos a presidência da república. Ficamos no limbo tal como os candidatos a vice-presidência.
No entanto, serve para vislumbrar e confirmar quais as posições adotadas por aqueles que os candidatos a vice estavam ali representando. Não que já não saibamos, mas a curiosidade e esperança de descobrir eventual boa vontade faz sempre ir atrás daquilo que foi declarado publicamente pelos novos personagens em pauta.
Para um advogado nada mais irritante que ver outro advogado ou jurista atuando politicamente para "enrolar" os eleitores com pretensas justificas jurídicas.
Do PSDB, Índio da Costa, vice do José Serra, utilizou o ponto de vista jurídico para justificar seu apoio à união entre pessoas do mesmo sexo. "Num exemplo objetivo, se uma pessoa contribui com as despesas da casa e a outra tem condição de comprar o apartamento, e a dona do imóvel morre, o apartamento vai para o Estado. Quem contribuiu com o bem fica na rua. Por isso, não há razão para não dar, do ponto de vista legal, o direito igual para os casais”.
A importância desta campanha é sem precedentes, apesar do fato de ser liderada por uma igreja contribua para que continue a se perpetuar no imaginário das pessoas o equivocado entendimento que casamento seja restritamente um "sacramento religioso".
Mas já que, apesar das inúmeras associações civis LGBTs espalhadas pelo Brasil, nenhuma se insurja com uma campanha em favor do casamento homossexual, inclusive, destacando a descomunal diferença o casamento civil do religioso, a iniciativa da Igreja Cristã Contemporânea é uma luz na escuridão que encontramos.
Só assim veio à baila no Brasil o tema: casamento gay, sim!
E vindo de uma igreja, ainda melhor, pois demonstra que não há unanimidade sobre a questão nem mesmo na seara das religiões. Aliás, a justificativa de tal defesa pela Igreja Cristã Contemporânea é também embasa na filosofia e doutrina cristã.
Esta Igreja e sua campanha merecem total apoio da comunidade lgbt. Que eu saiba é a única que nos presenteia com uma campanha publicitária neste sentido.
Visite o site da Igreja e partilhe com o número máximo de pessoas essa campanha.
Debate dos candidatos a vice-presidência sobre direitos homossexuais
Os nossos interesses políticos já nem são mais discutidos pelos candidatos a presidência da república. Ficamos no limbo tal como os candidatos a vice-presidência.
No entanto, serve para vislumbrar e confirmar quais as posições adotadas por aqueles que os candidatos a vice estavam ali representando. Não que já não saibamos, mas a curiosidade e esperança de descobrir eventual boa vontade faz sempre ir atrás daquilo que foi declarado publicamente pelos novos personagens em pauta.
Para um advogado nada mais irritante que ver outro advogado ou jurista atuando politicamente para "enrolar" os eleitores com pretensas justificas jurídicas.
Do PSDB, Índio da Costa, vice do José Serra, utilizou o ponto de vista jurídico para justificar seu apoio à união entre pessoas do mesmo sexo. "Num exemplo objetivo, se uma pessoa contribui com as despesas da casa e a outra tem condição de comprar o apartamento, e a dona do imóvel morre, o apartamento vai para o Estado. Quem contribuiu com o bem fica na rua. Por isso, não há razão para não dar, do ponto de vista legal, o direito igual para os casais”.
Na ocasião, Michel Temer, vice da Dilma, disse não haver divergências sobre o tema. "Hoje, se os dois contribuem com a casa mas o imóvel está no nome de apenas um, a pessoa morre e aquilo fica para o Estado, não pode", disse Temer.
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Ridículo. Os dois sabem que o bem vai para o Estado se não existir nenhum herdeiro, basta ter mãe, pai, irmão, sobrinho ou tio que o bem será herdado por eles e não pelo Estado. Dizer que vai para o Estado foi apenas uma desculpa esfarrapada encontrada para não desagradar o eleitorado de religiosos e homofóbicos.
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Foi o que ocorreu. Os candidatos a vice-presidência de Dilma Rousseff e José Serra são formados em direito e atrevidamente ambos, apesar da defesa a união civil homossexual, se valeram de argumentos enganosos e aviltantes para escancaradamente não desagradar o eleitorado religioso.
Você pode estar se indagando porque estou criticando-os se eles foram favoráveis a união civil gay. Ora, hoje em dia, que o MUNDO discute o casamento civil gay, um candidato se atrever a dizer que é contra o mínimo de direitos provenientes da mera união civil homossexual seria no mínimo se autocoroar com o retrocesso, a injustiça social e negativa dos direitos humanos. Nem pegaria bem para um candidato frente as relações internacionais, especialmente para o papel que Brasil quer pretender num cenário mundial.
Além disto, se dizer favorável significa praticamente nada, nem mesmo representa se comprometer a mexer um dedo pelo seu reconhecimento da união civil. E tanto é assim que a ABGLT possui um documento encaminhado aos candidatos com compromissos em relação aos direitos lgbts que nem Dilma Rousseff ou José Serra assinaram.
Não esperem nada dos políticos presidenciáveis. Assumidamente não há compromisso algum. Compromisso mesmo há na campanha da Igreja Cristã Contemporânea: Casamento, sim!
Você pode estar se indagando porque estou criticando-os se eles foram favoráveis a união civil gay. Ora, hoje em dia, que o MUNDO discute o casamento civil gay, um candidato se atrever a dizer que é contra o mínimo de direitos provenientes da mera união civil homossexual seria no mínimo se autocoroar com o retrocesso, a injustiça social e negativa dos direitos humanos. Nem pegaria bem para um candidato frente as relações internacionais, especialmente para o papel que Brasil quer pretender num cenário mundial.
Além disto, se dizer favorável significa praticamente nada, nem mesmo representa se comprometer a mexer um dedo pelo seu reconhecimento da união civil. E tanto é assim que a ABGLT possui um documento encaminhado aos candidatos com compromissos em relação aos direitos lgbts que nem Dilma Rousseff ou José Serra assinaram.
Não esperem nada dos políticos presidenciáveis. Assumidamente não há compromisso algum. Compromisso mesmo há na campanha da Igreja Cristã Contemporânea: Casamento, sim!
3 comentários:
Parabéns pelo trabalho, conheça também o nosso.
Vou agora mesmo verificar. Obrigado pela visita e apareça mais!
Abs,
CA
Parabéns!
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