O título aparenta ser descomedido, mas para ser realista não é possível sintetizar de outra forma.
Como explicar que apenas parlamentares evangélicos, contando explicitamente com sua bancada de políticos que pertence a frente parlamentar evangélica, persigam os homossexuais no intuito de retirar um direito reconhecido, pelo Poder Executivo, exclusivamente a este segmento da sociedade ?
Numa sociedade justa a perseguição a evangélicos, felizmente, é considerado um crime gravíssimo, mas qual a consequência quando ocorre o contrário e estes que figuram como perseguidores? Nenhuma.
Se a intolerância for contra os homossexuais, não há lei que os impeçam.
Eles estão garantidos por lei que não podem sofrer discriminação, e, por outro lado, estão livres, pela ausência de lei, para perseguirem homossexuais.
Uma coisa é a legítima defesa de seus dogmas religiosos e considerarem pecado a prática homossexual (mediante o seu entendimento bíblico), outra bem diferente é ultrapassarem os muros de suas igrejas, se instalarem no poder público para, tomados pelo poder, se valerem do cargo ocupado para perseguirem explicitamente um segmento da sociedade brasileira que não seguem suas doutrinas religiosas.
A notícia que circula no congresso em foco é que um Deputado Federal da Assembleia de Deus tenta derrubar portaria que permite a homossexuais declararem companheiros como dependentesa, conforme se transcreve:
Como explicar que apenas parlamentares evangélicos, contando explicitamente com sua bancada de políticos que pertence a frente parlamentar evangélica, persigam os homossexuais no intuito de retirar um direito reconhecido, pelo Poder Executivo, exclusivamente a este segmento da sociedade ?
Numa sociedade justa a perseguição a evangélicos, felizmente, é considerado um crime gravíssimo, mas qual a consequência quando ocorre o contrário e estes que figuram como perseguidores? Nenhuma.
Se a intolerância for contra os homossexuais, não há lei que os impeçam.
Eles estão garantidos por lei que não podem sofrer discriminação, e, por outro lado, estão livres, pela ausência de lei, para perseguirem homossexuais.
Uma coisa é a legítima defesa de seus dogmas religiosos e considerarem pecado a prática homossexual (mediante o seu entendimento bíblico), outra bem diferente é ultrapassarem os muros de suas igrejas, se instalarem no poder público para, tomados pelo poder, se valerem do cargo ocupado para perseguirem explicitamente um segmento da sociedade brasileira que não seguem suas doutrinas religiosas.
A notícia que circula no congresso em foco é que um Deputado Federal da Assembleia de Deus tenta derrubar portaria que permite a homossexuais declararem companheiros como dependentesa, conforme se transcreve:
“Nesta sexta-feira (25), o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) entrará em contato com o presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, deputado João Campos (PSDB-GO). Eles vão discutir medidas para cassar a possibilidade prevista na entrega das declarações de IR, que começa daqui a quatro dias.
Fonseca diz que vai tomar uma das três medidas sugeridas na nota: ajuizar uma ação popular contra a permissão de dedução tributária, apresentar um projeto de decreto legislativo para suspender a medida da Receita ou pedir que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, compareça à Câmara para prestar explicações.
João Campos afirmou que vai conversar antes com o colega para avaliar se a Frente Evangélica vai tomar alguma medida conjunta. Por sua vez, Fonseca tem certeza de que parlamentares evangélicos e até católicos vão apoiar qualquer medida para barrar a inclusão de homossexuais como dependentes nas declarações do Imposto de Renda.”
No dicionário Hoaiss o significado da palavra “perseguição” é a “intolerância contra algum conjunto, organismo ou grupo social”
Pelo que se extrai da notícia acima, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica (João Campos do PSDB-GO) se dispôs a discutir com o deputado que integra a referida Frente religiosa (Ronaldo Fonseca do PR-DF) medidas para cassar a possibilidade das declarações em conjunto de IR de casais homossexuais.
Não estamos falando do direito ao livre pensamento e convicções religiosas, nem de uma mera posição contrária aos interesses de gays. Aqui o que se constata é uma ação conjunta, dentro do Congresso Nacional, de um determinado segmento religioso que não se limita a desejar que não sejam conferidos direitos aos cidadãos LGBT, mas que ainda segue no encalço destes para retirar minguado direito, por obvia intolerância, sob pretexto da fundamentos normativos.
Portanto, é exatamente aquela definição do termo “perseguição”. Aparentemente Parlamentares Evangélicos perseguindo Homossexuais e discutindo a possibilidade de todos os demais políticos evangélicos, e até eventuais “católicos” (logo, igualmente religiosos), participarem em conjunto, para o mesmo fim, contra uma minoria social especifica, os homossexuais.
Se a iniciativa da aludida Frente Parlamentar se concretizar não resta outra alternativa senão buscar socorro nos organismos de direitos humanos internacionais e em seus tribunais.
Pelo que se extrai da notícia acima, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica (João Campos do PSDB-GO) se dispôs a discutir com o deputado que integra a referida Frente religiosa (Ronaldo Fonseca do PR-DF) medidas para cassar a possibilidade das declarações em conjunto de IR de casais homossexuais.
Não estamos falando do direito ao livre pensamento e convicções religiosas, nem de uma mera posição contrária aos interesses de gays. Aqui o que se constata é uma ação conjunta, dentro do Congresso Nacional, de um determinado segmento religioso que não se limita a desejar que não sejam conferidos direitos aos cidadãos LGBT, mas que ainda segue no encalço destes para retirar minguado direito, por obvia intolerância, sob pretexto da fundamentos normativos.
Portanto, é exatamente aquela definição do termo “perseguição”. Aparentemente Parlamentares Evangélicos perseguindo Homossexuais e discutindo a possibilidade de todos os demais políticos evangélicos, e até eventuais “católicos” (logo, igualmente religiosos), participarem em conjunto, para o mesmo fim, contra uma minoria social especifica, os homossexuais.
Se a iniciativa da aludida Frente Parlamentar se concretizar não resta outra alternativa senão buscar socorro nos organismos de direitos humanos internacionais e em seus tribunais.
Não dá para ficar de braços cruzados.
Esse fato noticiado revela que não se trata apenas da discussão da legalidade de um direito dos homossexuais. O olho do furacão é algo muito maior e bem mais grave.
Esse fato noticiado revela que não se trata apenas da discussão da legalidade de um direito dos homossexuais. O olho do furacão é algo muito maior e bem mais grave.
Há tempo eles se unem e publicamente atuam de forma frontal contra qualquer direito que favoreça LGBTs. Além da declaração conjunto do Imposto de Renda, também são contra todas as pretensões desta comunidade específica, seja a criminalização da homofobia, adoção, a união estável, o casamento ou qualquer outro direito que não seja a "conversão do gay", e recentemente, apesar de já se dizerem contra, solicitaram em nome da Frente Parlamentar Evangélica kit contra a homofobia do MEC para "avaliar".
Os homossexuais já fizeram parte do grupo de perseguidos no período de Hitler, na Alemanha. Em pleno 2011, num país em manifesto desenvolvimento e cheio de diversidade como o Brasil, se não é crime previsto no Código Penal (porque eles lutam para que não passe o PLC 122 que pretende criminalizar a discriminação aos homossexuais), ao menos a conduta da perseguição ainda é moralmente intolerável, além de ser um crime universal contra os direitos humanos.
O Congresso Nacional é responsável pelos atos e omissões que ocorrem no mesmo. Não pode compactuar com a tergiversação de religiosos travestidos de políticos. Os congressistas têm obrigação de saber que o estado é laico e que, para normas constitucionais e universais, os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e igualdade são prioridades, inclusive, acima de princípios importantíssimos como do livre pensamento e da liberdade religiosa. Estes últimos princípios têm limites, e aqueles, à priori, não.
4 comentários:
Se inferno existisse, os parlamentares da frente evangélica seriam os primeiros a desembarcarem no mármore... pois os outros parlamentares são apenas corruptos.
Á tempos presto atenção nesses evangelicos, pois eles se movimentam como cobras, todos sempre me disserão que eu estava vendo demais, pois eu nunca enxerguei bondade nos mesmos, eles querem transformar a camara e o senado em extensões de seus templos, eu sempre bati na tecla temos de lutar mais na forma da lei protestar mesmo 24hr, e sempre fui taxado de chato, pois eu digo a vcs que a coisa é bem mais seria que aperenta, a face do preconceito esta cada dia mais clara, e logo descobriremos que alguns ataques homofobicos tem haver com esses pastores, pois eles se poem acima de qualquer um apenas por serem religiosos, mais por debaixo do pano são mais imorais que qualquer um.
A igualdade de direitos plena é do interesse de todos os cidadãos do mundo, à exceção dos tiranos.
No Brasil tem sido uma luta hercúlea. Precisamos de leis federais para avançarmos consistentemente.
A Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT é um intrumento do maior poder, mas para constituí-la forte e eficiente temos que ajudar o deputado Jean Wyllys na convocação dos parlamentares para compor a Frente.
Fiz a lista de todos os deputados federais da Câmara Federal. São 501 emails divididos por estado da federação. E por questões de praticidade publiquei no blog Gay Católico de modo que é só copiar e colar no campo "Para" do email a ser criado e enviado.
Anotem a URL da lista dos emails dos deputados:
http://gaycatolico.wordpress.com/congresso
Nossa será tão difícil entender que nós só queremos direitos iguais para todos!!! NEM MAIS NEM MENOS!!SOMENTE IGUAIS!!!SOMOS PARTE DE UMA CIDADANIA e CONTRIBUIMOS COM A NAÇÃO DA MESMA FORMA QUE OS HETEROS CONTRIBUEM.
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