Carlos Tufvesson hoje em seu twitter disse ter ficado emocionado ao assistir o Bolero de Ravel num vídeo do youtube.
A referência de Tufvesson me conduziu imediatamente ao impactante final do filme “Retratos da Vida” (Les uns et les autres – produzido em 1981), de Claude Lelouche, com o bailarino Jorge Donn dançando em frente a Torre Eiffel. Foi o meu primeiro contato com o bolero de Ravel e jamais esqueci.
E óbvio, lá fui eu assistir ao vídeo também.
Quase trinta anos depois fui tomado de assalto. Definitivamente, tratou-se de uma nova perspectiva.
Um dia antes do segundo turno da eleição presidencial, decepcionado com o fundamentalismo religioso adotado pelos dois candidatos, diante de um movimento LGBT inapto, partidário e aparentemente desvirtuado de sua própria bandeira e, partilhando de protestos solitários, nesta realidade sem direitos, o Bolero de Ravel representou o espelho, uma hecatombe de protesto e de pertubação única!
Bolero de Ravel impregna nossas mentes através da dança e da melodia com o seu ritmo invariável, insistente e incansável, que vai se transformando, no mesmo ritmo, um grande furor! Parece um hino solitário que vai contaminando seus iguais.
No meu olhar, influenciado pelos dias atuais, me parece o grito de um delicado guerreiro, num protesto solitário que transcende, ganhando cada vez mais força.
A referência de Tufvesson me conduziu imediatamente ao impactante final do filme “Retratos da Vida” (Les uns et les autres – produzido em 1981), de Claude Lelouche, com o bailarino Jorge Donn dançando em frente a Torre Eiffel. Foi o meu primeiro contato com o bolero de Ravel e jamais esqueci.
E óbvio, lá fui eu assistir ao vídeo também.
Quase trinta anos depois fui tomado de assalto. Definitivamente, tratou-se de uma nova perspectiva.
Um dia antes do segundo turno da eleição presidencial, decepcionado com o fundamentalismo religioso adotado pelos dois candidatos, diante de um movimento LGBT inapto, partidário e aparentemente desvirtuado de sua própria bandeira e, partilhando de protestos solitários, nesta realidade sem direitos, o Bolero de Ravel representou o espelho, uma hecatombe de protesto e de pertubação única!
Bolero de Ravel impregna nossas mentes através da dança e da melodia com o seu ritmo invariável, insistente e incansável, que vai se transformando, no mesmo ritmo, um grande furor! Parece um hino solitário que vai contaminando seus iguais.
No meu olhar, influenciado pelos dias atuais, me parece o grito de um delicado guerreiro, num protesto solitário que transcende, ganhando cada vez mais força.
Suave e primitivo.
Destaco, entre tantos momentos, aquele no qual o Jorge Donn bate com força no chão do palco que mais parece um tambor, erguendo em seguida a mão.
A dança e a música deste Bolero de Ravel é a representação perfeita das minhas emoções de hoje, a espera e cheio de esperança de vivenciar o frenesi final!
A dança e a música deste Bolero de Ravel é a representação perfeita das minhas emoções de hoje, a espera e cheio de esperança de vivenciar o frenesi final!
3 comentários:
Parabéns, Carlos! Belo texto e bela sugestão.
Espero que suas esperanças tenham um mínimo de continuidade, após as eleições...
mas , particularmente, eu não tenho esperança alguma no MLGTB que aí está muito menos nesses dois, Serra ou Dilma, que , na verdade tripudiaram em cima d@s LGBT. Acho que nem vou votar , depois dou um jeito.
Estou como na música da Rita Lee, na sua versão original : "Nem Luxo nem Lixo": não acredito em nada, até duvido da fé.
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
http://dividindoatubaina.wordpress.com/
Carlos Alexandre, sua sintese sobre o Bolero de Ravel foi magnífica! Se tem uma música que consegue mexer comigo é o Bolero de Ravel, como em sua síntese: "Bolero de Ravel impregna nossas mentes através da dança e da melodia com o seu ritmo invariável, insistente e incansável, que vai se transformando, no mesmo ritmo, um grande furor! Parece um hino solitário que vai contaminando seus iguais."
Querido,
este post sobre o bolero de Ravel é emocionante. Vi o filme umas 20 vezes. De fato é procedente e de bom gosto.
Beijo
Cristina Brasil
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