Natal é Família,
E família, como todos sabem, não escolhemos. Dizemos isto, a maioria das vezes, para praguejar ou maldizer.
Mas na hora H, quando surge um momento vital em nossas vidas, a família está lá, pronta para dividir conosco estes momentos. É com ela que podemos contar.
A maioria das pessoas que conheço reclama da comemoração natalina porque, em regra, paira um ar de obrigação familiar.
É à volta as origens.
E, às vezes, como é difícil voltar às origens. Encará-la de frente.
No entanto, apesar de todas caretas, bicos e praguejo, no fundo, sentimos profundo prazer nesse encontro, mesmo que nem para nós revelemos isto.
Para os gays, não é diferente. Não nascemos em chocadeiras, temos famílias e, por incrível que possa parecer, somos nós LGBTs que lutamos dia-a-dia para essa instituição seja mantida e revigorada, ainda que para a maioria dos homofóbicos diga exatamente o oposto, sob justificativa que contrariamos a instituição familiar.
O gay peleja para que sua união estável seja reconhecida como entidade familiar, deseja ter direito ao casamento civil e a adoção de uma criança. Ironicamente, hoje em dia, a estatística revela que para muitos heterossexuais a família, o casamento e os filhos são dados em flanco declínio.
Se alguém se importa com a instituição da “família”, somos nós. Até hoje lutamos para o reconhecimento das famílias que também originamos.
E família, como todos sabem, não escolhemos. Dizemos isto, a maioria das vezes, para praguejar ou maldizer.
Mas na hora H, quando surge um momento vital em nossas vidas, a família está lá, pronta para dividir conosco estes momentos. É com ela que podemos contar.
A maioria das pessoas que conheço reclama da comemoração natalina porque, em regra, paira um ar de obrigação familiar.
É à volta as origens.
E, às vezes, como é difícil voltar às origens. Encará-la de frente.
No entanto, apesar de todas caretas, bicos e praguejo, no fundo, sentimos profundo prazer nesse encontro, mesmo que nem para nós revelemos isto.
Para os gays, não é diferente. Não nascemos em chocadeiras, temos famílias e, por incrível que possa parecer, somos nós LGBTs que lutamos dia-a-dia para essa instituição seja mantida e revigorada, ainda que para a maioria dos homofóbicos diga exatamente o oposto, sob justificativa que contrariamos a instituição familiar.
O gay peleja para que sua união estável seja reconhecida como entidade familiar, deseja ter direito ao casamento civil e a adoção de uma criança. Ironicamente, hoje em dia, a estatística revela que para muitos heterossexuais a família, o casamento e os filhos são dados em flanco declínio.
Se alguém se importa com a instituição da “família”, somos nós. Até hoje lutamos para o reconhecimento das famílias que também originamos.
E não preciso sequer procurar longiquos exemplos de famílias gays. A minha união conta com quase 19 anos, já o "casamento" de um primo possui mais de 25 anos, meu irmão já ultrapassou 08 anos, duas grandes amigas qua atualmente moram em Visconde de Mauá são um casal há 28 anos e Carlos Tufvesson, também um amigo, notoriamente é casado com André há uns 16 anos. Todos pessoas muitíssimo próximas. Imagine quantos casais constituíram sua própria família que até hoje não são reconhecidas por direito em nossa sociedade?
Evidente que a data natalina é também imensamente triste para muitos gays, lésbicas, travestis e transexuais. Obriga ao confronto da dor da rejeição, o abandono coercitivo sofridos um dia pela conduta discriminatória de seus pais. Mas mesmo estas vítimas de suas próprias famílias, mais que todos, dão ao sentido – família - um valor ainda maior.
Mas mesmos estes, vergonhosamente, renegados por suas próprias famílias de sangue, não estão sozinhos.
Nessa luta pelo reconhecimento da cidadania e dignidade, a vida nos fez ser uma grande “família”. Igualmente não nos escolhemos. Simpatizamos com alguns, olhamos com críticas para muitos de nós e nem sempre é agradável um encontro. Mas é aqui também, nesta outra involuntária “família”, que sabemos que podemos contar se algo mais desagradável nos abater. Nesta hora, a dor da discriminação e do preconceito, bate em todos nós.
Para esta grande família LGBT espero que o natal tenha renovado os votos de fé e esperança por dias melhores que um dia chegarão graças a luta e união.
Nessa luta pelo reconhecimento da cidadania e dignidade, a vida nos fez ser uma grande “família”. Igualmente não nos escolhemos. Simpatizamos com alguns, olhamos com críticas para muitos de nós e nem sempre é agradável um encontro. Mas é aqui também, nesta outra involuntária “família”, que sabemos que podemos contar se algo mais desagradável nos abater. Nesta hora, a dor da discriminação e do preconceito, bate em todos nós.
Para esta grande família LGBT espero que o natal tenha renovado os votos de fé e esperança por dias melhores que um dia chegarão graças a luta e união.
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