O presente blog se propõe a reflexão sobre os Direitos Humanos nas suas mais diversas manifestações e algumas amenidades.


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ocorreu a Maior Parada do Mundo e os candidatos a presidência deixaram claro, com suas ausências, o pouco caso aos LGBTs


A maior Parada do Mundo ocorreu, ontem em São Paulo, sem a presença dos principais pré-candidatos à Presidência da República: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Dilma ficou em Brasília descansando. Marina já havia dito que a este evento não iria, e Serra sequer justificou a ausência.

ABSURDO o tratamento dado pelos presidenciáveis a Maior Parada Gay do Mundo, que ocorre no Brasil, apesar de CONVIDADOS!

Bem mais grave que isto é o tratamento dado A TODOS NÓS lgbts que somos cidadãos, estamos representados nesta Parada de São Paulo por milhões de pessoas presentes e também somos eleitores, tanto quanto os que nos perseguem.

Desconheço as agendas de todos, mas Dilma, que possui agenda pública, pode ir em maio a XIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, e também a Reunião-almoço com empresários e lideranças do Fórum Empresarial e, assim por diante.

Mesmo sem conhecer a agenda do Serra, porque não localizei, sei que ele foi fazer Discurso aos evangélicos Gideões Missionários da Última Hora, em Camboriú, Santa Catarina, em 1º/05/2010.

E Marina, não se negou visitar ao Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e dar entrevista coletiva a respeito.

Eles sabem onde desejam fazer suas campanhas.

A verdade é que estes principais candidatos a presidência NÃO ESTÃO NEM AÍ mesmo para os LGBTs. Não quiseram SE COMPROMETAR.

Marta Suplicy recebeu a faixa de madrinha da Parada Gay e no pouco tempo que ficou no carro, disse que o evento alcançou a importância que tem hoje porque "muita gente deu a cara para bater".

O governador paulista, o prefeito da capital e o presidente da Parada Gay participaram de entrevista coletiva na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, momentos antes do início do evento, na manhã deste domingo (6), em São Paulo. (Foto acima de Letícia Macedo/G1)

Conforme havia previsto no anterior post, foi confirmado na Parada de São Paulo, a conquista do "Dia Nacional Contra a Homofobia", o que foi mencionado pelo ex Big Brother Jean Wyllys e confirmado também pelo presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), Alexandre Santos em entrevista coletiva.

Segundo site “A Capa”, "O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), chegou à Parada Gay de São Paulo por volta das 11h, quando a avenida Paulista ainda estava vazia e era possível caminhar tranquiliamente.Pontualmente às 12h, o carro oficial da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT) deu início aos discursos políticos. Tradicionalmente a drag queen Silvetty Montilla abriu as falas, perguntando: "Cadê as bonitas?".

Em seguida, discursaram Alexandre dos Santos, presidente da APOGLBT; Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); e Mitchele Meira, gestora da Coordenação Nacional de Políticas Públicas do Governo Federal. A tônica na fala de todos foi o ano eleitoral e a importância do voto consciente.

O ex-Big Brothers Coloridos, Angélica, Dimmy Kieer e Serginho estiveram lá na Parada, literalmente dando pinta. Será que eles agora aprenderam o significado da sigla LGBT? Não foram os únicos, conforme já dito antes, o ex BBB Jean Wyllys também estava lá.

Gostei muito de tudo que li e vi sobre a Parada. Verdadeira campanha de conscientização reiterada nos principais meios de comunicação, conforme revelam as fotos do G1 de Daigo Oliva.




No site do G1 vi Léo Aquilla, que já tentou entrar na política, segurando uma faixa de protesto (foto de Daigo Oliva / G1):


Na matéria do programa 'O Fantástico' da Rede Globo foi ressaltado que os trios elétricos vieram de preto, como protesto e o jornalista ressaltou a razão de ser: “Vote contra a homofobia defenda a cidadania”.

E melhor, escolheram sabiamente uma entrevista para levar a público, da drag Sarah Fyffer, a qual fez um belo gol ao deixar uma mensagem nada pretensiosa e bastante realista: “Ninguém tem que passar a mão na cabeça de ninguém, porque certo ninguém é, mas respeitar. Respeito está acima de qualquer coisa”. Fyffer deu o seu recado, bem dado.
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Sugiro que vejam o album destes dois sites:

3 comentários:

Diego disse...

Esses 9% de merd@ que estão no governo, hoje estão nos atacando, amanhã irão atacar as religiões menos destacadas, depois sim a Igreja Católica. São muito filhos da Put@s mesmo.

Descupe a minha sinceridade, mas fico revoltado com tamanho descaso.

Até +

Ahhhh! Ótimo post como sempre...

Dorothy Lavigne disse...

Amei essa artigo, pra mim foi a melhor cobertura da Parada. Acho que a APOGLBT com o Xande fizeram um trablaho memorável, tomara que seja apenas o inicio da politização da população LGBT. ORGULHO...

PS: Vou inserir o Feed de vcs no meu blog. Vale a pena

Bjoookkkksss

Luciano disse...

Vivemos uma era de homofobia e teofobia, uma época de grupos discutindo não a liberdade, mas quem terá o privilégio de exercer a tirania.


Negar o direito dos gays é tirania dos religiosos. De modo idêntico, impor sua opinião aos religiosos, ou calá-los, ou segregá-los nas igrejas como se fossem guetos é tirania do movimento gay. Nesse diálogo de surdos, o STF foi forçado a decidir em face da incompetência do Congresso, dos religiosos e do movimento gay, pela incapacidade de se respeitar o direito alheio.

www.CafeComDeus.com

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