O presente blog se propõe a reflexão sobre os Direitos Humanos nas suas mais diversas manifestações e algumas amenidades.


sábado, 30 de janeiro de 2010

CASAMENTOS ABERTOS DE HOMOSSEXUAIS, PADRÃO OU NÃO?

Saiu ontem no jornal "The New York Times" * a divulgação de um estudo realizado na Universidade de São Francisco sobre o casamento de homossexuais.

Segundo apurado em tal estudo, que acompanhou 556 casais por três anos, cerca de 50 por cento dos inquiridos Têm relações sexuais fora dos seus relacionamentos, com o conhecimento e a aprovação de seus parceiros.

A honestidade é o ponto nuclear da relação, diferenciando-se do "ortodoxo" casamento heterossexual, onde a relação envolvendo terceira pessoa configura-se em traição e mentiras.

Curioso é constatar as ponderações dos estudiosos sobre o tema, pois segundo eles, essa seria uma Nova tendência de transformação para Instituição do casamento, praticamente falida. É que, com base em outro estudo realizado no ano de 1985 restou confirmado que o casamento homossexual dura mais tempo e é mais feliz.

A reportagem esclarece ainda que isto não é uma novidade para os homossexuais, no entanto, as pessoas entrevistadas que não deixaram seus nomes completos fossem exposto, tanto pela privacidade quanto pelo receio que este fato fosse utilizado contra a luta realizam que para conquistar o direito ao casamento.

Não há nenhum demérito no artigo jornalístico e menos ainda no estudo realizado, apesar de sabermos que o temor dos homossexuais americanos procede, uma vez que isto certamente será utilizado de forma distorcida por aqueles que são contrários ao direito ao casamento pelos homossexuais.

A questão aqui que se convida é, qual a necessidade de se expor as regras do casal, seja ele heterossexual ou homossexual? Seria estabeçecer nova padronização ou realmente se trata de mero estudo das relações existentes, com cunho científico?

Quem me conhece sabe que sou absolutamente contrário a padronizações quando a questão envolve relacionamentos, sejam eles homossexuais ou héteros.

A razão é meio óbvia.

No imaginário existe uma Padronização já pré-estabelecida do casamento. Papai e mamãe, namoram, mamãe casa de véu e grinalda, Mamãe grávida, surge um lar, filhos, provedor Papai, Mamãe Protetora da cria, felizes para sempre. Enfim, cada qual num papel singular, com roteiro (muito maior que o descrito) já delineado e ver que todos esperam fidedignamente cumprido.

Só se esqueceram que Papai que se chama Daniel é único, pensa de forma única e não existe nenhum outro ser na terra igual a ele, assim como a mamãe se chama Marly, pensa, sente e realiza Baseado naquilo que é, e como não poderia ser diferente, Identicamente única. Portanto, essas duas pessoas únicas e Inigualáveis Irão se unir e formar .... O quê? Um casamento único! Apesar de ser aparentemente igual a qualquer outro casamento, na realidade é diferente, pois foi formado por dois indivíduos que não existem iguais e, por conseguinte, criarão suas prórpias regras, como Quais obedecerão ou não.

Logo, mamãe e papai adotarão (únicos que são) as regras deles, para o casamento que foi formado por eles ... Se a regra for diversa daquela que se espera e papai cuida do lar e mamãe trabalha, problema do casal. Da mesma forma se o estabelecido é que mamãe com ele e transa com mulheres também, ou ainda se dormem na mesma cama, em casas separadas ou quartos, deles são as regras e a ninguém compete julgar.

O que digo é que o tal casamento padrão, "papai e mamãe", é meramente aparente, pois atrás de cada casamento, cada "papai e mamãe" terão suas regras próprias. E com os homossexuais isto não é diferente. Talvez apenas estejam mais habituados a lidar com situações fora dos padrões.

Dito isto, volto a indagar: qual é a pretensão do estudo? Pois se a intenção de criar novos Padrões comportamentais imagino que seja um grande equívoco, uma vez que o que se constata é apenas o aparente e não aquilo que realmente seja o reflexo das regras dos casais.

O que acho do resultado do estudo? Não acho nada!

Não me compete julgar o casal vizinho. Cada casal estabelece como regra o que lhe convier para ser feliz. Sei o que penso da fidelidade, da mentira, da monogamia, da traição, da relação aberta, do sexo, do carnaval e do natal, mas isto somente interessará, no meu casamento, ao meu companheiro.

Portanto, tenho críticas a este tipo de marketing de "padrões" públicos, quando se refere as uniões. Eles apenas acabam sendo fonte de pressão para que sejam atendidas as expectativas alheias.

* Matéria do jornal NYT no site:
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PS: Peço perdão aos leitores, mas ao editar o padrão do blog, mexi onde não devia e este texto ficou prejudicado na formatação, alterando letras, ordem das palavras e etc.

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