O presente blog se propõe a reflexão sobre os Direitos Humanos nas suas mais diversas manifestações e algumas amenidades.


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O balcão de negócios no tribunal carioca

Vivemos em busca de direitos. Direitos estes fundamentais em nossas vidas e que, na maioria das vezes, nos vemos obrigados a perseguir junto ao Poder Judiciário.

Uma notícia como a que foi publicada ontem no jornal O Globo envolvendo inúmeros desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo como personagem central o Desembargador Roberto Wider que é o CORREGEDOR do Tribunal do Rio de Janeiro, não só assusta. Desespera!


O Conselho Nacional de Justiça e a OAB deveriam intervir diretamente neste caso ABSURDO e se aprofundarem nas investigações.

Algumas perguntas merecem respostas.

Qual a isenção que o desembargador Roberto Wider possui ao julgar questão que envolve interesse de um amigo e comprar um casa na Barra da Tijuca, por um preço manifestamente irreal, depois dele próprio viabilizar, por uma decisão sua, tal venda?

Como poderia o Sr.Eduardo Rasckovsky, genro do Des. Lindebergh Montenegro, íntimo do Desembargador Corregedor Roberto Wider (foto acima) amigo Des. Humberto Manes e Marcus Faver (foto a esquerda), ex-sócio da esposa do Des. Carpena Amorim (foto a direita), nas negociatas com seus potenciais clientes antecipar sentenças e oferecer blindagem e cassação de adversários?

Qual explicação existe para Sr. Eduardo Rasckovsky, que nem advogado é, procurar pessoalmente um juiz que havia dado sentença contrária ao seu interesse e perguntá-lo se estava "seguro de sua decisão"?!

E como podem desembargadores terem ciência que o Sr. Eduardo Rasckovsky também tentou comprar outra Juíza, Dra. Maria Cunha, da 2a. Vara Empresarial, portanto dentro de seu ambiente de trabalho, e manterem estreita relação com tal pessoa?

Pior, mais grave e desesperador, quem investigará essa gravíssima denúncias, já que o Des. Roberto Wider e demais envolvidos são desembargadores e ex-desembargadores renomados e de grande influência no tribunal fluminense? Serão seus pares?


Fazendo uma busca rápida no Google, eis que constato que a notícia é no mínimo requentada, já que no blog do Luis Nassif essa tema já havia sido há muito tempo veiculado, e no blog "vi o mundo" de Luiz Carlos Azenha, inclusive, nos lembra que já havia sido noticiada a influência do Eduardo Raschkovsky e a perseguição da Juíza que o denunciou, nos jornais de grande circulação:

"Um ano depois, a juíza foi inocentada das acusações. A cobertura da “Folha” voltava às mãos sérias de Elvira Lobato.

Em 20 de janeiro de 2006, os repórteres Chico Otávio e Maria Fernanda Delmas, de “O Globo”, escreviam ampla reportagem sobre a influência de Eduardo Raschkovsky no TJ do Rio de Janeiro.

Em 4 de março de 2006, Elvira Lobato e Pedro Soares mostram as perseguições sofridas pela juiza."

Quando levamos a pecha que temos memória curta, não é à toa, realmente temos. Eu tenho pelo menos e me sinto envergonhado de constatar isto ao ler o blog do Luis Nassif e Luiz Carlos Azenha.

De lá para cá, a impunidade reinou e a notícia que hoje constatamos é que o Eduardo Rasckovsky apenas ficou mais intimo dos ilustres desembargadores, apesar dos escandâlos com seu nome ocorridos dentro da sede do Judiciário Fluminense, e que a Juíza que o denunciou sofreu inúmeros processos administrativos.

E agora, o que podemos esperar?

Dizem que para saber sobre o futuro basta olhar o passado. Espero que não.

A única esperança do povo brasileiro já tão sofrido com uma séria de escândalos no Poder Executivo e Legislativo, ainda é na Justiça. É inaceitável que os cariocas também venham perder a confiança nela.

Alguma coisa deve ser feita também pela moralidade é ética do Judiciário, especial no Rio.

E não se restringe ao caso agora em voga. Também não é cabível constatar desembargadores se aposentarem e imediatamente abrem escritório com clientes multimilionários, por conta de suas imperiosas e evidente influências no Judiciário Fluminense, assim como a escancarada situação de alguns escritórios que só possuem advogados parentes de juízes e desembargadores. Como podemos acreditar num Judiciário imparcial e justo diante destas sabidas informações?

Todos falam muito de supostos juízes comprados, acredito mais na versão retratada pela matéria do jornal, o tráfico de influência. Este é bem mais cruel, já que a sabotagem à justiça fica numa faixa nem sempre clara aos olhos de quem está do outro lado numa luta judicial.

Fotos extraídas do google

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá
Hoje eu li no site do UOL , que a enquete foi retirada devido a hackers .Que horrivel , definitivamente é difícil lidar com a democracia.

João Carlos

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

LinkWithin