O presente blog se propõe a reflexão sobre os Direitos Humanos nas suas mais diversas manifestações e algumas amenidades.


sexta-feira, 12 de março de 2010

A peça 'Tango, Bolero e Chá chá chá' traz de volta a estória da transexual Lana Lee

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.Edwin Luisi montado de Lana Lee

O premiadíssimo ator Edwin Luisi comemora no Rio de Janeiro seus 40 anos de carreira com a remontagem da peça que foi sucesso absoluto, “Tango, Bolero e Chá chá chá” no Teatro Clara Nunes, no shopping da Gávea.
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Edwin Luisi é o ator número um do teatro brasileiro. Já foi agraciado com os mais importantes prêmios teatrais do País: Molièrie (duas vezes), Mambembe (duas vezes), APCA (duas vezes), Procópio Ferreira, Governador do Estado do Rio de Janeiro, Quality Brasil (duas vezes), Shell (três vezes) e APTR.

A primeira montagem ocorreu em 2001 e também deu ao ator os possíveis prêmios de teatro pela sua impecável interpretação da transexual Lana Lee.

A peça conta a história de Daniel, um engenheiro que abandona, sem maiores explicações. sua esposa e filho e recomeça uma nova vida em Paris, transformando-se, após uma intervenção cirúrgica para mudança de sexo, numa grande artista e passa a se chamar Lana Lee. Dez anos depois retorna ao Brasil com seu companheiro para reencontrar a antiga esposa e seu filho, Denis.

Este é o mote da peça. O reencontro daquele pai de família com sua esposa e filho, os quais nada sabiam acerca de sua nova identidade.

A história parece boa? Sim, mas é mais que isto. Quem for assistir se surpreenderá com o tratamento dado a ela. Quem espera um história carregada, cheio de drama e sofrimento descubrirá um texto descontraído, leve e altamente cômico. É uma comédia como raras, onde o riso não sai amarelo e nem mecanicamente apenas porque pagou a entrada.

O trio das personagens femininas arrasam e roubam literalmente a cena. Edwin Luisi está irreconhecível como Lana Lee e sua atuação na dose certa, sempre impecável, sem excessos ou caricaturas, apesar de fazer uma diva transexual hilariante. Marcia Cabrita como Genevra, emprega da família, rouba todas as cenas na qual aparece e é simplesmente impossível não gargalhar com suas intervenções pontuais. Maria Clara Gueiros interpeta Clarice, a esposa abandonada e também se destaca pela sua espontaneidade e graça natural.

Para quem já assistiu verá uma peça nova. É admirável como o decorrer dos anos, sem perder a atualidade, faz enxergar a peça sobre outra ótica, assim como as alterações do elenco originário. Neste aspecto, cumpre registrar especialmente a mudança de contexto da personagem Clarice (esposa) antes vivido pela atriz Maria Helena Dias e na montagem atual pela Maria Clara Gueiros. Maria Helena Dias emprestava a personagem um tom mais dramático, com o peso da mulher abondonada que se choca com a nova realidade, o que não é revivido na interpretação da Maria Clara Gueiros, que segue uma trilha toda mais cômica para a mesma personagem. Parece duas personagens absolutamente diferentes, com a mesma história. O figurino da peça também modificou, sem dúvida mais bonito, mas as cenas engraçadíssimas que a personagem do Edwin fazia com a roupa não possuem mais aquele antigo efeito. Por outro lado, as ontológicas cenas dos espirros arlégicos e caminhadas desbaratadas estão ainda melhores.

Mas, o que realmente me chama especialmente atenção é que se trata de uma comédia rasgada, com tema sério e muito delicado, tendo como questão central a transexualidade, sem que busque ou caia na apelação fácil do deboche barato envolvendo a sexualidade, algo tão comum quando se retratam homossexuais, travestis e transexuais. A peça, apesar de engraçadissíma, é absolutamente respeitosa!

Isto prova que não é necessário perder o respeito para não se perder a piada.

Tango, Bolero e Chá Chá Chá merece ser visto e sugiro que assistam. Digo isto com isenção, já que para mim é particularmente difícil gostar de comédias. Sempre saio com a sensação que todos acharam graça, menos eu, ou pior, se ri apenas porque as pessoas ao lado riem. Mas não é o caso desta, finalmente compartilhei da alegria dos demais. Vale a pena e é um excelente programa!

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Adam Smith disse...

The story was lamentable. A grown married man, father of a boy abandons his family, goes overseas only to return many years later as a tranvestite. The play seems to glamorize his courage to leave wife and kid and become a semi-woman. "Lana Lee speaks broken english" at times during the play in an attempt to be sophisticated and Americanized. It fails totaly as it glamorizes homosexuality and perversion. I would not recommend it to anybody with half of brain!

Luiz PEREIRA disse...

Eu tive a oportunidade de assistir esta peca... e digo com certeza: Ela (SEU CONTEUDO) nao passa de uma glorificacao a pederastia, homosexualismo e justificativa de um homem casado, pai de familia que abandona a esposa e filho menor pra se casar com outro barbado! A atuacao de EDWIN LUISI e magistral, ele faz a plateia rir e esbanja talento, mas a mensagem da peca e vazia de conteudo. Se o objetivo e rir entao esta peca e um prato cheio pra quem gosta de dar risadas, mas com certeza uma pessoa decadente e aberrada como a LANNA Lee e somente pra rir mesmo! ahahah

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