Me dei conta como é complexo falar da bissexualidade.
Mais pessoas estão admitindo ser bissexual - mas muitos de nós não sabemos realmente o que esta orientação sexual realmente significa.
Por outro lado, embora seja evidente que existam bissexuais (eu mesmo conheço alguns), para muitos heterossexuais e homossexuais não existe a bissexualidade, apenas pessoas que escondem sua sexualidade através dela, além de considerá-las promiscuas. E, incrivelmente, muitos bissexuais aceitam passivamente essa pecha e, por isso, a maioria esconde sua bissexualidade, sem coragem de dizer para o parceiro ou parceira. Hoje, para nova geração de jovens, o comportamento parece diferente, mais liberal.
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Pesquisa realizada na Escola de Saúde Pública de Harvard, E.U.A. em 1994 constatou que 20,8% dos homens e 17,8% das mulheres pesquisadas, admitiram atração sexual/comportamento em relação a pessoas do mesmo sexo, em algum momento de suas vidas.
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Em 1941, o americano Alfred Kinsey C. já havia realizado 1,6 mil das suas entrevistas e analisados os critérios "para uma explicação hormonal do homossexual? em uma primeira publicação. Nele, Kinsey apresentou uma escala de avaliação de trinta pontos mostrando trinta casos de sua coleção, que demonstrou trinta diferentes matizes e combinações entre comportamento exclusivamente heterossexual e exclusivamente homossexual. A partir desses exemplos, Kinsey concluiu que uma explicação hormonal do "homossexual" na melhor das hipóteses, é extremamente difícil, mas provavelmente impossível.
Entre suas explicações disse que “Qualquer explicação sobre o homossexual tem de reconhecer que uma grande parte dos adolescentes mais jovens demonstra a capacidade de reagir a ambos os estímulos homossexuais e heterossexuais, que há um número considerável de adultos que apresentam essa mesma capacidade, e que há apenas um desenvolvimento gradual de o exclusivamente homossexual ou heterossexual, exclusivamente os padrões que predominam entre os adultos mais velhos”.
Este primeiro ensaio, publicado inicialmente em um jornal endocrinológicas, não atraiu muita atenção apesar de suas declarações provocativas. Suas implicações verdadeiras foram provavelmente compreendidas primeiras apenas por pouquíssimos leitores. No entanto, quando Kinsey e seus colaboradores apresentaram suas famosas "Report", em 1948, causou uma sensação internacional. O texto baseou-se em mais de 11.000 entrevistas e apresentou as suas conclusões sobre o comportamento homossexual em uma escala de sete partes.
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Naturalmente, nova escala Kinsey de sete pontos foi basicamente uma versão simplificada de seu primeiro. Na verdade, essa realização, mais uma vez deixa claro que o importante nas escalas de Kinsey não é o número de (arbitrariamente determinado) subgrupos, mas a transição do fluido de um grupo para outro. Como Kinsey declarou:
“Os machos não representam duas populações discretas, heterossexual e homossexual. O mundo não é para ser dividido em ovinos e caprinos. Nem todas as coisas são pretas nem todas as coisas em branco. É um direito fundamental da taxonomia dessa natureza raramente lida com categorias discretas. Somente a mente humana inventa categorias e tenta forçar fatos em compartimentos separados. O mundo vivo é um continuo em cada um dos seus aspectos. Quanto mais cedo aprendemos sobre este comportamento sexual humano, mais cedo chegaremos a uma boa compreensão das realidades do sexo”.
Para Kinsey, então, a natureza foi muito variada a ser forçada a entrar no contraste Picayune "homo / bissexual". O homem como uma espécie possuía a capacidade de reagir a pessoas do mesmo sexo, assim como a estímulos sexuais do outro, desde que ele era herdeiro de uma herança correspondente mamíferos. Se alguma coisa tinha de ser explicado aqui, então era a exclusividade do comportamento em ambas as extremidades do espectro. Sem dúvida, este deveria ser atribuído principalmente à interferência cultural. Em qualquer caso, do ponto de vista da biologia, o comportamento homossexual como tal era tão "natural" como o comportamento heterossexual.
Segundo Kinsey, a escala de sete partes, posteriormente adquiriu um certo grau de renome internacional e foi reproduzida em muitos livros e obras de referência. Infelizmente, porém, foi muitas vezes erradamente interpretada, porque poucas pessoas se deram ao trabalho de ler as instruções próprias Kinsey e explicações.
Especificamente, ele enfatizou que a sua escala representada tanto ostensiva e experiências secretas, ou seja, não apenas as acções realizadas, mas também as reações puramente psíquicos que não levam a qualquer contato sexual. Assim, por exemplo, um homem casado, sem nenhum contato real homossexual que regularmente cumprido seus "deveres conjugais", mas, enquanto tal, fantasiado principalmente sobre os homens, não foi avaliado em 0, mas em 2 ou 3, de acordo com o quão forte ou frequentes os seus desejos e fantasias homossexuais eram. Por outro lado, um prostituto do sexo masculino que tinha apenas uma namorada, mas milhares de clientes do sexo masculino poderia receber a mesma classificação de 2 ou 3 se o seu real desejo sexual eram voltados para essa amiga e serviu os seus clientes do sexo masculino, sem qualquer desejo erótico de sua própria "apenas pelo dinheiro."
Tendo em conta a enorme discrepância, estatisticamente documentada entre o desejo e a ação, tendo em vista a enorme extensão da variação entre o comportamento exclusivamente heterossexuais e homossexuais, e tendo em conta as muitas mudanças ¡ª verdade reversões ¡ª entre eles, Kinsey já não via qualquer justificação para falar sobre "o homossexual", como ele ainda não tinha feito, embora, ironicamente, sete anos antes. Ele incentivaria a pensar mais claramente sobre estas questões, no sentido das pessoas não serem caracterizadas como heterossexual ou homossexual, mas como indivíduos que tiveram uma certa quantidade de experiência heterossexual e uma certa quantidade de experiência homossexual. Em vez de usar esses termos como substantivos que representam pessoas, ou mesmo como adjetivos para descrever pessoas, elas podem ser melhor utilizados para descrever a natureza das relações ostensivas sexuais, ou de estímulos que um indivíduo responde eroticamente.
Fritz Klein
Fritz Klein, autor do livro The Bisexual Option, (A opção bissexual, Volume 1993, Parte 2) defende que a bissexualidade é um problema para héteros e homos à medida que ameaça a distinção clara entre uma e outra identidade sexual.
“As preferências e aversões eróticas dos heterossexuais normalmente não permitem uma compreensão da homossexualidade. Homossexuais também se sentem desconcertados frente à atração por pessoas do sexo oposto. Isso cria dois campos distintos a partir dos quais bandeiras podem ser erguidas. E ainda que possam ser ameaças ideológicas uns para os outros, esses dois campos são claramente distintos. (…) [Um homem] confrontado com um homem bissexual precisa, ainda que inconscientemente, lidar com a possibilidade de que sua própria sexualidade seja ambígua. A razão pela qual ele fica aliviado ao ouvir que bissexuais não existem é que, assim, ele evita seu próprio conflito interior.”
Arlete Gavranic
Num texto da Arlete Gavranic, a mesma afirma que:
“segundo o psiquiatra e psicodramatista Ronaldo Pamplona, no seu livro Os onze sexos, nascemos homens ou mulheres - biologicamente falando, mas isso sozinho não definirá nossa vida sexual. Iremos desenvolver durante nossa vida a formação da identidade sexual. E a maioria dos autores que estudam a psique humana dizem que isso ocorre na infância, em média entre os 5 e 7 anos de idade. Na prática é a sensação que nosso sexo psicológico está de acordo ou não com nosso sexo anatômico."
A sexualidade do bissexual no dia-a-dia
"Essa bissexualidade pode ocorrer em se sentir de forma igual essa atração, como pode ser vivida com uma vida sexual mais frequentemente heterossexual e com relações homo - ocasionais - ou mais que ocasionais. Também pode ocorrer com uma vida sexual mais frequentemente homossexual e com relações hetero - ocasionais - ou mais que ocasionais".
Como as pessoas sabem se são bissexuais ou se são homossexuais?
"Uma pessoa bissexual percebe seu desejo, sua atração, por ambos os sexos. Se, por exemplo, um homem desconfia ser homossexual e não bissexual, é porque ele percebe sua não-atração, sua dificuldade de desejo por mulheres."
O que pode influenciar na busca de mais relações homo ou heterossexuais?
Por toda uma aprendizagem, pressão familiar e social, muitas pessoas com orientação bissexual podem restringir sua experiência a heterossexualidade ou a ter algumas aventuras ocasionais na homossexualidade. Mas se a orientação é bissexual os desejos bissexuais irão acontecer, na vida real, nas fantasias sexuais e em sonhos eróticos.
As pessoas podem assumir a bissexualidade em qualquer idade?
Sim. Existem muitas situações que podem interferir na vida das pessoas. Uma pessoa com uma orientação bissexual pode viver uma relação de amor intenso e significativo o que faz com que essa pessoa viva na heterossexualidade muito tempo. Mas é possível que se houver uma crise nessa relação, se houver uma separação, uma viuvez ou até a aproximação de alguém que se torne interessante e saiba seduzir, que o desejo bissexual venha à tona.”
Regina Navarro
Regina Navarro já questionou num artigo do JB se a bissexualidade será o sexo do futuro.
“Quase todas as pessoas afirmam que romperiam um namoro ou casamento se descobrissem que seus parceiros são bissexuais. Mas isso é uma questão cultural. Na Grécia Clássica (século V a.C.) a iniciação sexual de um jovem se dava com o seu tutor. E era considerado natural que os cidadãos gregos casados e respeitáveis tivessem relações sexuais com as esposas, as concubinas, as cortesãs e os efebos (jovens rapazes).
Marjorie Garber, professora da Universidade de Harvard, que elaborou um profundo estudo sobre o tema, compara a afirmação de que os seres humanos são heterossexuais ou homossexuais às crenças de antigamente, como: o mundo é plano, o sol gira ao redor da terra. Acreditando que a bissexualidade tem algo fundamental a nos ensinar sobre a natureza do erotismo humano, ela sugere que em vez de hetero, homo, auto, pan e bissexualidade, digamos simplesmente ''sexualidade''.
Será que o amor pelos dois sexos se tornará uma opção cada vez mais comum a ponto de predominar? A bissexualidade, como muitos afirmam, vai ser mesmo o sexo do futuro?”
Após as considerações das pessoas acima creio que a bissexualidade, tão fácil de entender e difícil para alguns aceitarem, ficou mais clara.
Eu, particularmente, acho que a bissexualidade vai ser o sexo do fututo, mas sem esta terminologia, pois a mesma já determina um rótulo. Creio que o rótulo e a sexualidade não combinam e no futuro isto cada vez ficará mais claro. Óbvio que digo isto, sem base em conhecimento psicossocial ou qualquer outro fundamento técnico. Trata-se de uma impressão, com base naquilo que vejo e sinto, cotidianamente.
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/intima/2005/03/04/jorcolitm20050304001.html
(http://www2.uol.com.br/vyaestelar/bissexualidade.htm)
12 comentários:
Pra mim as coisas sempre foram mais simples.
Tem gente que gosta de amendoin, tem gente que gosta de chocolate, tem gente que gosta de amendoin com chocolate ou chocolate com amendoin e tem gente que gosta de amendoin E chocolate.
entende?
Aí sim! Antes tarde do que nunca. Enquanto não se falar tanto sobre bissexualidade quanto sobre outras orientações vai ser difícil o preconceito diminuir.
Leco,
Simplesmente PERFEITO!!!
abs,
Daniela,
Fui lá visitar seu blog. Muito bacana. Sugiro que visitem
http://bisides.wordpress.com/
Abs,
Carlos Alexandre
Carlos Alexandre,
é a primeira vez que escrevo no seu blog embora já tenha lido alguns artigos.
Sobre bissexualidade.
São sempre precipidatas essas tentativas pretensamente revolucionárias e polêmicas que tendem a universalidazar a sexualidade humana. Acho até engraçado o fato de pessoas dizerem que o futuro da humanidade será a bissexualidade imaginando que com isso se estara fugindo das normatizações sexuais. Pelo contrário. Dizer que todo mundo é ou será bissexual é tão normativo quando diziam que todos eram héteros (e quem não não assim fosse seria considerado anormal, transviado etc).
Até agora não vi ninguém embasar de forma satisfatória a tese de que a humanidade seria bissexual e não acredito que encontrarão evidências do que parece ser falso. Creio que a característica comum da humanidade é mesmo a diversidade incluindo aí homo, hétero e bi com esses últimos variando bastante sua frequência de prática ou desejo ou sendo 50/50.
Vejo também uma grande confusão entre a dissolução dos papéis de gênero com essa idea de "bissexualização" da humanidade. Não devemos confundir as coisas.
Daniel,
Obrigado por sua participação com ponto de vista tão esclarecedor e justificado.
A idéia é esta mesmo. Pensamentos, posições e reflexões.
Concordo integralmente quando você denuncia ser tão normativa a declaração que tende a universalizar a sexualidade humana tendo por mira uma pretensa bissexualidade no futuro.
Na verdade, no que me toca, você mostrou uma contradição minha.
É que, dentro dos meus limites, entendo que a sexualidade humana não pode ser normatizada. Inclusive, em outras postagens, fiz menção a isto como uma das razões do preconceito e discriminação.
No entanto, mesmo assim, não posso negar que tenho uma "sensação" que uma nova geração parece vivenciar seus impulsos sexuais de forma menos rígidos, permitindo, desta forma, experimentos públicos aparentemente bissexuais. Daí a sensação.
Mas realmente a sexualidade é algo tão variada e complexa, que tais afirmações acabam sendo grosseiras.
Seria muito bom que você contribuísse mais com todos nós, expondo suas opiniões. Obrigado.
Carlos Alexandre
Olá,
Eu também percebo esse movimento das novas gerações que se mostram mais liberais. Vejo vários motivos para essa realidade e, na minha opinião, a menor delas seria uma bissexualidade inata. No entanto, é ótimo que essa parcela de bissexuais reais estejam podendo expressar sua bissexualidade mais tranquilamente. Reflexo de décadas da militância gay. Sobre isso ainda devemos diferenciar a prática do desejo real que de fato caracteriza a orientação sexual. Os próprios autores citados no artigo apontam o desejo como definidor da orientação.
Percebo que sempre que uma condição vai ganhando visiblidade, tendem a universalizar essa condição como algo induzido, escolhido e multiplicável. Antes de a homossexualidade ter visibilidade, imaginava-se que todos eram héteros, depois que a homossexualidade começou a "sair do armário", começaram a dizer que os homens estavam "virando" gays, e isso ainda é dito com frequência. Agora é a vez da bissexualidade. Certamente no futuro quando outra nuance da sexualidade conquistar mais visiblidade - os T-lovers talvez? - irão dizer que essa condição está se multiplicando.
Existe por aí essa idéia de que a bissexualidade seria universal. Até vários teóricos que se dizem "acadêmicos" afirmam isso sem nenhum embasamento realmente consistente. Até mesmo Freaud disse que seus estudos sobre sexualidade não eram totalmente conclusivos. No entanto, em suas "conclusões" parciais dizia ele que a bissexualidade é uma condição inata e que a homossexualidade exclusiva seria uma "parada" no desenvolvimento da sexualidade humana. Está aí outro perigo de fazer essas declarações sobre a bissexualidade de forma leviana: não há como alegar que a bissexualidade é universal e inata sem que isso implique em patologizar - socio-cultura lou físico-psicologicamente - a homo e a heterossexualidade exclusiva.
Os cientistas sabem pouco sobre a sexualidade humana. Quando muito apontam suas manifestações - tal como Kinsey - e teorizam sobre suas origens. Mas até hoje não conseguiram apontar suas causas primeiras com precisão. As ciências biológicas estão mais próximas disso do que as ciências sociais, mas seus achados ainda não passam de evidências sem nenhuma prova concreta. Talvez porque não haja o que apontar pois a sexualidade simplesmente existe nos seres humanos e faz parte destes tal como o resto de suas características que lhe são comuns.
Grande abraço,
Daniel Rodrigues
Olá querido
Gostei das tuas considerações.
Sou bissexual assumida e militante do movimento LGBT.
Acho complicado dizer que para as mulheres é mais fácil assumir-se bissexual. Não é. O patriarco está para as mulheres como está para os homens gays. Punindo-os, ferindo-os e tentando discipliná-los.
Apesar da permissividade da bissexualidade entremulheres, esta anda mistificada e cheia de encantos sexuais.
Uma mulher bissexual é alvo de desejo e fantasia, como as lésbicas. De forma alguma ela é respeitada, dígna e tem sua sexualidade compreendida.
O bissexual é muitas vezes visto como um ser feito para o sexo. Está e deverá permanecer sempre apto para fantasias sexuais.
Claro que isto é uma generalização apressada e que correspondente a um pensamento massificado. Mas é pelo que passo todos os dias.
Além de não terem seus comportamentos sexuais e suas orientações respeitadas, bissexuais são sempre alvos de conversão, seja por parte dos heterossexuais, seja por parte dos homossexuais.
Bissexuais também são taxados de inconstântes e não adeptos a causa. Muitas vezes um bissexual está num relacionamento hétero e ainda nem teve sua orientação reconhnecida por ele mesmo, então, não milita pela causa e posteriormente é julgado pelos demais.
Da mesma forma, quando um bissexual está em um relacionamento homo, a maioria de seu círuclo homoafetivo vibrará a sua conversão e por dezenas de vezes colocará o bissexual na berlinda e o amendrotará a exercer sua bissexualidade tal qual a heteronormatividade vem fazendo.
Ser bissexual é provar diariamente pra si mesmo e pra sociedade que é possível gostar de uma pluralidade de sexos. Inclusive interessar-se por transexuais, transgêneros, travestis.
É quebrar barreiras pessoais e sociais de preconceito quando mesmo em um relacionamento hetero mantém-se uma postura de respeito, de defesa, de militância. mesmo quando as demais circunstâncias não te obrigam a tê-la.
Acho que ainda faltam estudos sobre a bissexualidade e pesquisá-la através de kinsey, apesar de enriquecedor é um tanto atrasado.
Infelizmente poucos estão preocupados com a identidade sexual de um bissexual.
Por exemplo.
O mundo ainda é dividido entre homossexuais e heterossexuais. Transexuais, tavestis e bissexuais ainda são invisíveis.
As coisas ainda estão estereotipadas como: isso é pra hetero, isso é pra gay. Isso é coisa de gay, isso não.
O Bissexual não tem um comportamento social definido, e nem acredito que precisa tê-lo, mas esse processo acaba dificultando a valorização e visibilidade da orientação, e claro, a militância.
Um beijo
Emanuelle
Olá querido
Gostei das tuas considerações.
Sou bissexual assumida e militante do movimento LGBT.
Acho complicado dizer que para as mulheres é mais fácil assumir-se bissexual. Não é. O patriarco está para as mulheres como está para os homens gays. Punindo-os, ferindo-os e tentando discipliná-los.
Apesar da permissividade da bissexualidade entremulheres, esta anda mistificada e cheia de encantos sexuais.
Uma mulher bissexual é alvo de desejo e fantasia, como as lésbicas. De forma alguma ela é respeitada, dígna e tem sua sexualidade compreendida.
O bissexual é muitas vezes visto como um ser feito para o sexo. Está e deverá permanecer sempre apto para fantasias sexuais.
Claro que isto é uma generalização apressada e que correspondente a um pensamento massificado. Mas é pelo que passo todos os dias.
Além de não terem seus comportamentos sexuais e suas orientações respeitadas, bissexuais são sempre alvos de conversão, seja por parte dos heterossexuais, seja por parte dos homossexuais.
Bissexuais também são taxados de inconstântes e não adeptos a causa. Muitas vezes um bissexual está num relacionamento hétero e ainda nem teve sua orientação reconhnecida por ele mesmo, então, não milita pela causa e posteriormente é julgado pelos demais.
Da mesma forma, quando um bissexual está em um relacionamento homo, a maioria de seu círuclo homoafetivo vibrará a sua conversão e por dezenas de vezes colocará o bissexual na berlinda e o amendrotará a exercer sua bissexualidade tal qual a heteronormatividade vem fazendo.
Ser bissexual é provar diariamente pra si mesmo e pra sociedade que é possível gostar de uma pluralidade de sexos. Inclusive interessar-se por transexuais, transgêneros, travestis.
É quebrar barreiras pessoais e sociais de preconceito quando mesmo em um relacionamento hetero mantém-se uma postura de respeito, de defesa, de militância. mesmo quando as demais circunstâncias não te obrigam a tê-la.
Acho que ainda faltam estudos sobre a bissexualidade e pesquisá-la através de kinsey, apesar de enriquecedor é um tanto atrasado.
Infelizmente poucos estão preocupados com a identidade sexual de um bissexual.
Por exemplo.
O mundo ainda é dividido entre homossexuais e heterossexuais. Transexuais, tavestis e bissexuais ainda são invisíveis.
As coisas ainda estão estereotipadas como: isso é pra hetero, isso é pra gay. Isso é coisa de gay, isso não.
O Bissexual não tem um comportamento social definido, e nem acredito que precisa tê-lo, mas esse processo acaba dificultando a valorização e visibilidade da orientação, e claro, a militância.
Um beijo
Emanuelle
Somos, nós bi, todos promíscuos. rs Vou ler o post inteiro e comentar melhor depois. Mas o primeiro colega aí, o Leco, explica tudo.
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Uma pergunta que talvez tenha faltado é "Como as pessoas sabem se são bissexuais ou se são heterossexuais?". Pelo menos pro meu caso, meio que é. rsrs ^^
Hi, guantanamera121212
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