Aplausos de pé! É o mínimo que merece o programa que assisti.
Caco Barcellos e sua equipe de repórteres mostram diferentes ângulos da mesma notícia.
Caco Barcellos e sua equipe de repórteres mostram diferentes ângulos da mesma notícia.
“A equipe de jovens jornalistas comandada por Caco Barcellos no programa Profissão Repórter vai retratar como as famílias brasileiras lidam com a questão da homossexualidade dentro de casa.Em São Paulo, a repórter Mariane Salerno vai contar a história de Edith, mãe de Marcelo. Depois de descobrir que seu filho caçula é gay, ela recebe em sua casa pais que passam por essa mesma situação, para ajudá-los com apoio e informação.A repórter Caroline Kleinübing vai a Minas Gerais, para conhecer a trajetória da professora de canto que resolveu assumir a homossexualidade e fez uma mudança de sexo, deixando de ser homem.De volta a São Paulo, agora na cidade de Carapicuíba, as jornalistas Júlia Bandeira e Thais Itaqui voltam à casa das companheiras Munira e Adriana depois de um ano, para saber como anda a criação de seus filhos. Elas tiveram gêmeos por meio de inseminação artificial e brigam na Justiça para registrar os bebês no nome delas”
GPH - Grupo de Pais de Homossexuais
Grupo voltado para pais que descobrem que seus filhos são homossexuais.
Edith Modesto abriu a casa para receber as mães que também possuem filhos homossexuais.
Se referindo aos filhos, a jornalista questiona a Edith se o filho gay é o seu preferido. A resposta é pontual:
Grupo voltado para pais que descobrem que seus filhos são homossexuais.
Edith Modesto abriu a casa para receber as mães que também possuem filhos homossexuais.
Se referindo aos filhos, a jornalista questiona a Edith se o filho gay é o seu preferido. A resposta é pontual:
“o homossexual não é mais querido, mas é com quem mais me preocupo, os outros tem as noras para cuidar..”
Esta resposta, frente a realidade social existente e despida de hipocrisia, por incrível que pareça, e diferente daquilo que possa aparentar, não possui qualquer conotação preconceituosa. O instinto de mãe, levou D. Edith a correr atrás do prejuízo, entender quais as dificuldades que seu filho passaria e como era fundamental o papel dos pais nesta história. D. Edith parece ter o perfil daquelas mães judias. Enquanto seu filho não estiver casado e estruturado, ela tomou para si a responsabilidade de cuidar de sua cria, mas para isto, teve que renascer e com este renascimento passou a agir para que seu filho vivesse num mundo melhor. Ela faz mais que a sua parte de mãe. Ela é uma cidadã.
Edith explica demorou cinco anos para aceitar. Marcelo hoje faz doutorado e vive nos EUA...
Edith explica que o problema é a vergonha, a vergonha é o sentimento que mais demora para acabar: "QUANDO UM FILHO SAI DO ARMÁRIO, A MÃE ENTRA..."
Essa frase, para mim, foi a mais dura, realista e reveladora ... “quando um filho sai do armário, a mãe entra”. Razão: vergonha!
A jornalista do programa informa que na reunião inicial percebeu que havia uma mãe que também estava lá pela primeira vez, não falava, somente chorava....
Para convencer a sua permanência, a jornalista argumentou com as mães que pretendia que a matéria viabilizasse que as mães que estivessem assistindo se colocassem no lugar delas, e desta forma, conseguiu convencer a todos serem entrevistados.
Uma das mães começa dizendo que achava que seu preconceito era ZERO, mas quando aconteceu com ela, disse: “Eu quase enlouqueci”.
Para outra mãe, o fato do filho ser gay parecia que invalidava todas as suas outras qualidades.
Uma terceira, mãe de lésbica, ainda com os olhos marejados diz que o choque para ela foi muito grande, uma vez que ela viu a filha ter relacionamentos heterossexuais, inclusive ficando noiva. A referida mãe tinha o sonho de ver a filha entrando na igreja, mas hoje ela agradece que a filha não tenha casado e tenha tido coragem de assumir e de ter confiado nela.
A primeira mãe, Suedar, foi questinada de como se descobre que o filho é homossexual. Ela diz que os sinais estão ali, mas na verdade, a mãe não quer ver. Ela, só agora, fazendo uma retrospectiva, enxerga claramente. Afinal, disse ela, tem dois filhos, um hetero pegador e xavequeiro, e o outro homossexual.
Ricardo, o pai do filho homossexual antes mencionado, fez o depoimento talvez mais impactante de todo o programa. Apesar do contundente conteúdo homofóbico do pai, sua declaração foi a mais honesta em termos de enfrentamento de seus sentimentos e educação e por conseguinte, o qual, por sua vez, sem dúvida é o melhor exemplo, pelo manifesto engrandecimento moral, intelectual e emocional.
Ricardo, o pai, ao saber que seu filho Vitor era homossexual, o perguntou:
Edith explica demorou cinco anos para aceitar. Marcelo hoje faz doutorado e vive nos EUA...
Edith explica que o problema é a vergonha, a vergonha é o sentimento que mais demora para acabar: "QUANDO UM FILHO SAI DO ARMÁRIO, A MÃE ENTRA..."
Essa frase, para mim, foi a mais dura, realista e reveladora ... “quando um filho sai do armário, a mãe entra”. Razão: vergonha!
A jornalista do programa informa que na reunião inicial percebeu que havia uma mãe que também estava lá pela primeira vez, não falava, somente chorava....
Para convencer a sua permanência, a jornalista argumentou com as mães que pretendia que a matéria viabilizasse que as mães que estivessem assistindo se colocassem no lugar delas, e desta forma, conseguiu convencer a todos serem entrevistados.
Uma das mães começa dizendo que achava que seu preconceito era ZERO, mas quando aconteceu com ela, disse: “Eu quase enlouqueci”.
Para outra mãe, o fato do filho ser gay parecia que invalidava todas as suas outras qualidades.
Uma terceira, mãe de lésbica, ainda com os olhos marejados diz que o choque para ela foi muito grande, uma vez que ela viu a filha ter relacionamentos heterossexuais, inclusive ficando noiva. A referida mãe tinha o sonho de ver a filha entrando na igreja, mas hoje ela agradece que a filha não tenha casado e tenha tido coragem de assumir e de ter confiado nela.
A primeira mãe, Suedar, foi questinada de como se descobre que o filho é homossexual. Ela diz que os sinais estão ali, mas na verdade, a mãe não quer ver. Ela, só agora, fazendo uma retrospectiva, enxerga claramente. Afinal, disse ela, tem dois filhos, um hetero pegador e xavequeiro, e o outro homossexual.
Ricardo, o pai do filho homossexual antes mencionado, fez o depoimento talvez mais impactante de todo o programa. Apesar do contundente conteúdo homofóbico do pai, sua declaração foi a mais honesta em termos de enfrentamento de seus sentimentos e educação e por conseguinte, o qual, por sua vez, sem dúvida é o melhor exemplo, pelo manifesto engrandecimento moral, intelectual e emocional.
Ricardo, o pai, ao saber que seu filho Vitor era homossexual, o perguntou:
“como vou encarar você de mão dada com um homem, outro homem? Isto é repugnante para mim eu não vou conseguir, é difícil isso, não tenho como... eu não queria ver mais, eu pensei em matar, eu pensei em fazer muita coisa, em sumir, não sabia para que lado correr... mas dentro de tudo isso uma coisa ainda existia, o amor por ele eu nunca perdi”...
Após reproduzi esta fala no programa, Ricardo revela que hoje cozinha para o genro, namorado do Vitor, que adora a comida que ele faz...
A jornalista foi convidada pelo casal acima a fazer uma visita a sua casa, conhecer os personagens desta família. Vitor, o caçula, namora há um ano e meio Junior de 23 anos. Vitor contou para os pais sua orientação sexual aos 16 anos... Vinicius, irmão hetero de Vitor, afirma que tentou agredir o namorado do irmão, Junior, mas Vitor que acabou entrando no meio, levou a pior.
A entrada do namorado do Vitor na casa da família ocorreu logo após uma conversa com sua mãe, onde chorando muito, confessou que sentia falta de almoçar com o namorado em família, e o pai, Ricardo ouviu a conversa e mandou que seu filho convidasse o namorado entrar... Hoje, o pai se vê surpreso, pois jamais imaginava que iria cozinhar para o genro, namorado de seu filho. Até a mãe ficou muito surpresa com a atitude de seu marido.
O caminho traçado por estes pais foi exemplo perfeito de todos os percalços que os pais de homossexuais passam, desde as expectativas, passando pelo choque e rejeição inicial. Neste caso, os pais procuraram a ajuda da D. Edith Modesto, e encontraram não só a paz, mas o conforto e felicidade de manter a relação afetiva e filial acrescida de mais amor e compreensão.
A jornalista foi convidada pelo casal acima a fazer uma visita a sua casa, conhecer os personagens desta família. Vitor, o caçula, namora há um ano e meio Junior de 23 anos. Vitor contou para os pais sua orientação sexual aos 16 anos... Vinicius, irmão hetero de Vitor, afirma que tentou agredir o namorado do irmão, Junior, mas Vitor que acabou entrando no meio, levou a pior.
A entrada do namorado do Vitor na casa da família ocorreu logo após uma conversa com sua mãe, onde chorando muito, confessou que sentia falta de almoçar com o namorado em família, e o pai, Ricardo ouviu a conversa e mandou que seu filho convidasse o namorado entrar... Hoje, o pai se vê surpreso, pois jamais imaginava que iria cozinhar para o genro, namorado de seu filho. Até a mãe ficou muito surpresa com a atitude de seu marido.
O caminho traçado por estes pais foi exemplo perfeito de todos os percalços que os pais de homossexuais passam, desde as expectativas, passando pelo choque e rejeição inicial. Neste caso, os pais procuraram a ajuda da D. Edith Modesto, e encontraram não só a paz, mas o conforto e felicidade de manter a relação afetiva e filial acrescida de mais amor e compreensão.
A história de Julia que nasceu Jorge
A reportagem começa no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Proibidas as gravações, a jornalista conhece no ambulatório Júlia, uma transexual, que aceitou contar sua história.
Júlia vai ao Hospital a sete anos, tendo feito a cirurgia a cinco anos, sempre com o devido suporte ambulatorial.
Os documentos de Júlia ainda constam seu nome de batismo, Jorge. Júlia é uma figura linda de ver, culta, inteligente e aparentemente muito bem resolvida. É professora no Conservatório de Regência e Coral, já foi tenor, hoje canta como soprano...
A reportagem segue em direção ao conservatório, onde a mesma dá aula. Não é papo furado. Estorinha melhorada para mostrar na televisão. No entanto, no final do expediente, Júlia se entristece ao ter que assinar o que ela chama de “isso”, ou seja, o ponto como Jorge...
Julia nasceu como Jorge, e na qualidade de menino, fez primeira comunhão e foi escoteiro. Na adolescência começou sua transformação. A mãe dela fez questão de encontrar os jornalistas, claramente para proteger sua filha, pois questionava se tal entrevista não a prejudicaria. Realmente com toda razão, pois em alguns programas de televisão sempre constatamos uma exposição degradante neste sentido. Julia reconhece que está se expondo demais. Chora neste momento, mas esclarece que não que tenha vergonha, mas teme as conseqüências. A mãe esclarece que a discriminação é meio “truncada” nem vem de gente estranha, “mas de parentes mesmo”.
A identidade de gênero de Julia foi descoberta pela mãe porque aquela tinha um diário que nem sempre estava trancada e a mãe entendia que era propositalmente para ela ler mesmo. Julia tinha 27 anos quando fez a operação.
Julia mora com o pai e a irmã, numa casa bastante modesta. O pai fala da surpresa da transformação, mas que não faz diferença para ele. O tratamento começou com hormônio feminino e somente em seguida foi realizada a operação. O namorado custou a aceitar a operação, pois ficou com receio que Júlia pretendesse ficar com outros homens e para ele a operação era indiferente. Ficaram sete anos sem se falar e agora voltaram. Como ela cresceu na rua onde hoje vive, adverte que era ruim as piadinhas que ouvia quando passava, mas que isso também já é passado.
Eu adorei a Júlia! Ela é tudo de bom, em todos os sentidos. Pessoas como ela ceifam preconceitos burros já bastante arraigados no meio social. Ela é transexual, ponto. E isto é apenas um detalhe de sua identidade sexual, nem agrega e nem desagrega, apenas uma mulher. Mas a Júlia foi a poesia da edição. Sua simplicidade, seu talento, seu carisma e coragem iluminou a telinha. Certamente tirou a má imagem que muitos trazem culturalmente consigo.
A reportagem começa no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Proibidas as gravações, a jornalista conhece no ambulatório Júlia, uma transexual, que aceitou contar sua história.
Júlia vai ao Hospital a sete anos, tendo feito a cirurgia a cinco anos, sempre com o devido suporte ambulatorial.
Os documentos de Júlia ainda constam seu nome de batismo, Jorge. Júlia é uma figura linda de ver, culta, inteligente e aparentemente muito bem resolvida. É professora no Conservatório de Regência e Coral, já foi tenor, hoje canta como soprano...
A reportagem segue em direção ao conservatório, onde a mesma dá aula. Não é papo furado. Estorinha melhorada para mostrar na televisão. No entanto, no final do expediente, Júlia se entristece ao ter que assinar o que ela chama de “isso”, ou seja, o ponto como Jorge...
Julia nasceu como Jorge, e na qualidade de menino, fez primeira comunhão e foi escoteiro. Na adolescência começou sua transformação. A mãe dela fez questão de encontrar os jornalistas, claramente para proteger sua filha, pois questionava se tal entrevista não a prejudicaria. Realmente com toda razão, pois em alguns programas de televisão sempre constatamos uma exposição degradante neste sentido. Julia reconhece que está se expondo demais. Chora neste momento, mas esclarece que não que tenha vergonha, mas teme as conseqüências. A mãe esclarece que a discriminação é meio “truncada” nem vem de gente estranha, “mas de parentes mesmo”.
A identidade de gênero de Julia foi descoberta pela mãe porque aquela tinha um diário que nem sempre estava trancada e a mãe entendia que era propositalmente para ela ler mesmo. Julia tinha 27 anos quando fez a operação.
Julia mora com o pai e a irmã, numa casa bastante modesta. O pai fala da surpresa da transformação, mas que não faz diferença para ele. O tratamento começou com hormônio feminino e somente em seguida foi realizada a operação. O namorado custou a aceitar a operação, pois ficou com receio que Júlia pretendesse ficar com outros homens e para ele a operação era indiferente. Ficaram sete anos sem se falar e agora voltaram. Como ela cresceu na rua onde hoje vive, adverte que era ruim as piadinhas que ouvia quando passava, mas que isso também já é passado.
Eu adorei a Júlia! Ela é tudo de bom, em todos os sentidos. Pessoas como ela ceifam preconceitos burros já bastante arraigados no meio social. Ela é transexual, ponto. E isto é apenas um detalhe de sua identidade sexual, nem agrega e nem desagrega, apenas uma mulher. Mas a Júlia foi a poesia da edição. Sua simplicidade, seu talento, seu carisma e coragem iluminou a telinha. Certamente tirou a má imagem que muitos trazem culturalmente consigo.
As mães lésbicas que conceberam em conjunto um casal de gêmeos
Munira Khalil e Adriana Maciel, as duas geraram um casal de gêmeos juntas. Munira doou os óvulos e Adriana gerou as crianças.
Eduardo nasceu com uma doença rara, ele não senta e não anda, só fala mamãe. Munira deixou o emprego e agora as duas trabalham em casa. O cuidado com as crianças é das duas, ininterruptamente. Questionadas sobre a eventual discriminação que passaram a resposta foi até certo ponto supreendente:
Munira Khalil e Adriana Maciel, as duas geraram um casal de gêmeos juntas. Munira doou os óvulos e Adriana gerou as crianças.
Eduardo nasceu com uma doença rara, ele não senta e não anda, só fala mamãe. Munira deixou o emprego e agora as duas trabalham em casa. O cuidado com as crianças é das duas, ininterruptamente. Questionadas sobre a eventual discriminação que passaram a resposta foi até certo ponto supreendente:
“Preconceito nenhum, ao contrário, só recebemos parabéns” ...
Na escola, Munira deixa a filha Ana Luisa, a qual é a segunda filha de homossexuais na mesma escolinha. A professora informa que a mãe lésbica sempre será bem recebida lá. Em seguida levam o menino Eduardo para fisioterapia. Elas gastam um terço do que ganham para tratar o filho. As mães não sabem se um dia o filho vai poder andar. Elas não podem ter um plano de saúde para o filho, segundo elas, em razão da situação ainda não regular das crianças. Já pediram para que os nomes nas certidões sejam das duas.
Cena seguinte elucida que as crianças farão um ano e a casa está cheia. O casal de lésbicas esclarece, sem qualquer constrangimento, após ser indagada, que o casal de gêmeos não deixam que sobre tempo para as duas namorarem, nem mesmo agendando.
Munira e Adriana fizeram a festa para o 1 ano dos filhos e toda a família estava presente. Também apareceram amigas que as conheceram através da reportagem à época do parto, tendo ainda outros três casais de lésbicas que noticiam que também estão fazendo tratamento para engravidar.
A briga da Munira e Adriana é para ter os seus nomes nos registros de nascimento de seus filhos, já que uma doou os óvulos e a outra gerou.
Se alguém gostaria de saber o que é uma família homoafetiva e como vivem filhos de casais homossexuais, as duas não deixaram espaço para qualquer tipo de dúvida. Mães como elas são literalmente duplamente exemplares.
Cena seguinte elucida que as crianças farão um ano e a casa está cheia. O casal de lésbicas esclarece, sem qualquer constrangimento, após ser indagada, que o casal de gêmeos não deixam que sobre tempo para as duas namorarem, nem mesmo agendando.
Munira e Adriana fizeram a festa para o 1 ano dos filhos e toda a família estava presente. Também apareceram amigas que as conheceram através da reportagem à época do parto, tendo ainda outros três casais de lésbicas que noticiam que também estão fazendo tratamento para engravidar.
A briga da Munira e Adriana é para ter os seus nomes nos registros de nascimento de seus filhos, já que uma doou os óvulos e a outra gerou.
Se alguém gostaria de saber o que é uma família homoafetiva e como vivem filhos de casais homossexuais, as duas não deixaram espaço para qualquer tipo de dúvida. Mães como elas são literalmente duplamente exemplares.
Jovens Homossexuais em São Paulo
O “Centro de Referencia da Diversidade”, em São Paulo, tem um projeto que se chama “Purpurina” destinado aos jovens. Aparece novamente aquela senhora do grupo de pais de homossexuais, D. Edith, que de plano anuncia para o público jovem que lá eles podem namorar, beijar e abraçar.
Ela diz para eles que sabe que existem muitos presentes que a mamãe não sabe que estão lá.
O grupo presente naquele dia é de, pasmem, 80 JOVENS, com idade variada de 13 a 24 anos. Eles assistem a palestra e em seguida fazem uma festa.
Caco Barcellos questiona a repórter porque a gravação não mostrou os rostos dos menores, tendo como resposta que não existia essa possibilidade, o que foi retrucado pelo Caco Barcelos sob a justificativa que aqueles menores tinham o direito a conquista da igualdade.
O programa também mostra a entrevista de dois jovens, que resume o que passam estes jovens homossexuais em seus lares:
“Eu não contei, contaram para os meus pais e fiquei um ano e meio de castigo, só indo à escola...”
Feita a pergunta a outro jovem, sua resposta foi admiravelmente enfática:
“Você não teve coragem de dizer em casa?
Não, e nem sei se vou ter...”
Diante disto, a cena corta para jornalista que fez a entrevista com a explicação ao Caco Barcellos: “é como se o jovem tivesse que escolher entre assumir e continuar com a família”. Confirmando tal explicação, ressurge a entrevista, agora com o próprio rapaz, que explica:
“não quero ficar sozinho e perder a família...”
É uma pena que tais jovens que possuem uma família ortodoxa heterossexual, porém preconceituosa, não tenham a mesma sorte dos gêmeos gerados pelo casal lésbico ou do filho de D. Edith, a nossa espécie de Madre Tereza de Calcutá dos Gays.
/
Já assistia avidamente o Programa "Profissão Repórter", pela sua alta qualidade jornalística e pautas sempre inteligentes e instigantes. Um dos raros programas que além de fornecer a notícia, convidam também a reflexão. Mas por mais que esperasse um novo programa da mesma qualidade, jamais imaginava a que ponto este chegaria. Independente do tema de hoje, sou fã de carteirinha de Caco Barcellos e do programa que ele realiza. Se pudesse dar uma nota para este de hoje, seria o infinito. Parabéns é pouco. Não traduz o que o programa de hoje pode ter significado para tantas famílias brasileiras carentes de cultura e informação.
foto: Foto por Zé Paulo Cardeal / Globo
fontes: http://www.gph.org.br/
11 comentários:
Muito bom o texto Carlos... teria algum link onde pudessemos assistir essa reportagem?
Aquele abraco
Gus
ja achei o link ...so pra avisar e vc nao procurar atoa hauahu
abracao
Gus
obs. coloquei anomimo pq deu preguica de entrar na minha conta
Eu assiti, muito bom...
O programa todo foi muito bom, mas a parte foi o sogro que hoje cozinha para o genro. Bacana!
Até +
Pois é Carlos eu também acompanhei o Profissão Reporter e fiquei muito feliz com o resultado.
Diga-se de passagem a mídia tem falado muito sobre ser gay atualmente. A veja, programa Login da TV Cultura, Profissão Reporter (falando até de transsexualidade).
E amanhã vou gravar o programa Ao Ponto da TV Cultura sobre ser gay assumido e jovem.
Não podemos esquecer que a principal arma contra a ignorância é a informação e o conhecimento.
Não pude ver o programa, estava trabalhando, mas sem dúvida, pelo texto, dá para ver que foi muito bom. Faz um bem danado quando vemos esse tipo de iniciativa né? É tão bom ver que existem pessoas empenhadas em tentar fazer o bem.
Enquanto isso, logo alí..."Antony nega ser gay em “Passione”
O repórter que disse isso é um ignorante. Eu não vou comentar, e o Silvio de Abreu não vai tratar disso”, disse Marcello Antony à coluna, na festa de “Passione”, na segunda-feira. Na trama, ele viverá o piloto de Stock Car Gerson. O personagem guarda um segredo que levará ao fim sua união com Diana (Carol Dieckmann). Já o autor disse não saber de nada"
Isto é Brasil!!! até quando essa hipocrisia...
abs
Oi querido Gus,
Que bom que achou, bem que poderia ter partilhado conosco, né? Assim quem não pode assistir iria direto no seu link, rs.
Diego,
Eu também achei bárbaro a parte que o sogro cozinha especialmente para o namorado do filho. É nesta ação dele que a matéria mostra o grande salto que foi dado entre o momento que dele relata sua versão extremamente homofóbica e sofrida ao descobrir o filho homossexual e sua mais plena aceitação, pelo afeto ao filho, ao fazer a refeição especialmente para o genro. Adorei tb!!!
Abs,
Leco, você acredita que até hoje não li na integra a reportagem da revista Veja. Vi que deu uma discussão danada no meio do Movimento LGBT. Muito gente odiou, por entender que era contra a mobilização existente e outros adoraram. Não li, mas sei que o MLGBT é muitas vezes xiita...
Agora LECO AVISE QUANDO FOR AO AR O SEU DEPOIMENTO PARA O PROGRAMA AO PONTO DA TV CULTURA!!!
Abs,
Querido Reflexo e Ações, você viu que depois de muito atraso respondi lá atrás uma solicitação sua? Verdade, eu também regozijo de prazer ao ver um programa deste formato - sério e de conteúdo - que possui um alcance inenarrável junto a todas as classes sociais, ser divulgado assim. Isto sim é o chamado formador de opinião!
Abs,
Querido Anonimo,
Que coisa esquisita esta sua informação, mas também não chega a surpreender! A maioria das novelas ainda utiliza a figura do homssexual apenas para caricatura. Aquela última onde o gayzaço se transformava em hetero e no final voltou a ser gay demonstra bem como somos vistos e utilizados apenas para atender o ibope e determinados segmentos... Contradições...
Abs,
Carlos Alexandre
É amigo,
quando o filho sai do armário... a mãe entra!
Não é nada fácil para estas mulheres mães e estes homens pais, quando se deparam com uma realidade NORMAL!
Mas infelizmente, para a maioria, a OPÇÃO SEXUAL, por que é disso que estamos falando... não deveria ter este PESO! E mesmo porque, todos estamos SUJEITOS a nos descobrir, ou descobrir que aquele que amamos, fez uma opção sexual diferente da nossa.
E ai, infelizmente, no mundo preconceituoso, o TETO destas pessoas parece que fica mais baixo!
Precisamos de mais e mais informações! Adoro o programa do CACO BARCELOS, pois ele vai onde ainda existem FERIDAS! E que poderiam ser evitadas, se o mundo soubesse viver em paz com o que há de melhor na nossa existência: as diversidades!
Belo post! Como sempre!
Beijo e obrigada pela ilustre presença em meu niver de 1 aninho.
Você e Mário, evidentemente!
Cristina Brasil
Caro, Carlos
Quero evidenciar aqui meus parabéns a atitude do seu blog! extremamente bem feito, gostei do conceito e da proposta!
Abração!
sigo teus passos.
Cristiano Contreiras,
Primeiro me permita dizer que seu nome tem uma sonoridade muito bonita! Obrigado e seja muito bem vindo. Caminhemos juntos!
Abração
Carlos Alexandre
Pra quem nao assistiu ainda aqui esta o link:
http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2010/05/equipe-mostra-como-familias-lidam-com-homossexualidade.html
esqueci de coloca-lo aqui antes, desculpe XD.
abraco a todos
Postar um comentário