Tem sido uma semana muito próspera em Brasília e o dia 19 de maio ficou registrada a 1ª. Marcha Nacional Contra a Homofobia.
Os esforços dos militantes para organizar este evento nacional foi imenso. O número de LGBTs presentes a Marcha (estimado em 10.000 pelos organizadores e 2000 pela polícia local) não representou, nem de longe, o número real daqueles que gostariam de estar presente ao evento.
As caravanas que se dirigiram a Esplanada dos Ministérios, infelizmente, não tiveram condições de acolher o número de LGBTs que desejava se dirigir a Brasília e estar com os demais na luta pelos seus direitos. Brasília é longe para vários cidadãos LGBTs brasileiros e a viagem de ônibus foi longa e penosa. Mas cada um deles nos representou. Estou orgulhoso pelo evento e dos LGBTs presentes. Não tivesse uma audiência hoje, teria comprado uma passagem e estaria lá, não só para estar ombro a ombro com os colegas, mas pelo prazer de lutar e assistir alguns fatos que somente soube por correspondências e jornais.
Não teria preço, por exemplo, VAIAR MUITO, mas muito mesmo Magno Malta (PR-ES), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Gerson Camata (PMDB-ES) em frente ao Congresso, em conjunto da multidão lgbt O valor gasto com a passagem aérea teria representado uma gorjeta, diante de tal prazer. Vaiar em grupo esses senadores, não tem preço!
E infelizmente perdi também os gays darem uma “situada” nos humoristas, Carioca e Cezar Polvilho, do Pânico na TV, que estavam trajados de Dicesar e Serginho, que foram a marcha fazer graça se valendo de entrevistas jocosas com as travestis presentes. Depois de horas de viagem, num protesto tão importante e sério para vida de todos os LGBTs, ver travestis serem debochados por estes dois jornalistas, fez com os gays presentes reagissem de forma imediata, cercando-os para impedir que continuassem o desrespeito em outras entrevistas. Um LGBT presente gravou o momento e ao final você pode assistir o ocorrido.
De fato o que se constata é que a Marcha não era um carnaval e nenhuma festa. Todos estavam ali como cidadãos para lutar por seus direitos e como tal, exigiam, no mínimo, respeito.
A mídia nacional não se interessou muito pelo evento e, por uma dessas infelizes coincidências, perdeu o foco de interesse por outros acontecimentos, no mesmo dia, não menos importantes, como as vitoriosas votações do projeto lei Ficha Limpa e reajuste dos aposentados no Senado e a invasão dos índios a Câmara de Deputados.
A importância da marcha não se cingia a mídia. Ela representou, na realidade, a expressão da maturidade da militância pelos direitos lgbts. Ninguém estava ali com o primeiro intuito de diversão, tratava-se antes, de uma reivindicação. Fez certamente uma grande diferença na conscientização do militante lgbt e, principalmente, para aqueles a quem se dirigem as reclamações, nossos políticos do Poder Legislativo.
Perceptivelmente, uma coisa é ouvir ou ler a respeito das demandas LGBTs, outra diversa é ter no seu calcanhar essas pessoas, com rostos, falas e reivindicações. Inclusive, legitima não só representantes de associações LGBTs como o corpo de políticos que integram a Frente Parlamentar da Cidadania LGBT.
Aliás, observando na TV Senado os aposentados que, durante dois dias inteiros, encheram o plenário do Senado Federal para exigir a aprovação do projeto que lhes favoreciam, ainda que todos os políticos estivessem voltados para a votação da Ficha Limpa, notava-se, com clareza cristalina, junto a cada um dos Senadores, a diferença perpetrada por aquelas presenças.
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Os esforços dos militantes para organizar este evento nacional foi imenso. O número de LGBTs presentes a Marcha (estimado em 10.000 pelos organizadores e 2000 pela polícia local) não representou, nem de longe, o número real daqueles que gostariam de estar presente ao evento.
As caravanas que se dirigiram a Esplanada dos Ministérios, infelizmente, não tiveram condições de acolher o número de LGBTs que desejava se dirigir a Brasília e estar com os demais na luta pelos seus direitos. Brasília é longe para vários cidadãos LGBTs brasileiros e a viagem de ônibus foi longa e penosa. Mas cada um deles nos representou. Estou orgulhoso pelo evento e dos LGBTs presentes. Não tivesse uma audiência hoje, teria comprado uma passagem e estaria lá, não só para estar ombro a ombro com os colegas, mas pelo prazer de lutar e assistir alguns fatos que somente soube por correspondências e jornais.
Não teria preço, por exemplo, VAIAR MUITO, mas muito mesmo Magno Malta (PR-ES), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Gerson Camata (PMDB-ES) em frente ao Congresso, em conjunto da multidão lgbt O valor gasto com a passagem aérea teria representado uma gorjeta, diante de tal prazer. Vaiar em grupo esses senadores, não tem preço!
E infelizmente perdi também os gays darem uma “situada” nos humoristas, Carioca e Cezar Polvilho, do Pânico na TV, que estavam trajados de Dicesar e Serginho, que foram a marcha fazer graça se valendo de entrevistas jocosas com as travestis presentes. Depois de horas de viagem, num protesto tão importante e sério para vida de todos os LGBTs, ver travestis serem debochados por estes dois jornalistas, fez com os gays presentes reagissem de forma imediata, cercando-os para impedir que continuassem o desrespeito em outras entrevistas. Um LGBT presente gravou o momento e ao final você pode assistir o ocorrido.
De fato o que se constata é que a Marcha não era um carnaval e nenhuma festa. Todos estavam ali como cidadãos para lutar por seus direitos e como tal, exigiam, no mínimo, respeito.
A mídia nacional não se interessou muito pelo evento e, por uma dessas infelizes coincidências, perdeu o foco de interesse por outros acontecimentos, no mesmo dia, não menos importantes, como as vitoriosas votações do projeto lei Ficha Limpa e reajuste dos aposentados no Senado e a invasão dos índios a Câmara de Deputados.
A importância da marcha não se cingia a mídia. Ela representou, na realidade, a expressão da maturidade da militância pelos direitos lgbts. Ninguém estava ali com o primeiro intuito de diversão, tratava-se antes, de uma reivindicação. Fez certamente uma grande diferença na conscientização do militante lgbt e, principalmente, para aqueles a quem se dirigem as reclamações, nossos políticos do Poder Legislativo.
Perceptivelmente, uma coisa é ouvir ou ler a respeito das demandas LGBTs, outra diversa é ter no seu calcanhar essas pessoas, com rostos, falas e reivindicações. Inclusive, legitima não só representantes de associações LGBTs como o corpo de políticos que integram a Frente Parlamentar da Cidadania LGBT.
Aliás, observando na TV Senado os aposentados que, durante dois dias inteiros, encheram o plenário do Senado Federal para exigir a aprovação do projeto que lhes favoreciam, ainda que todos os políticos estivessem voltados para a votação da Ficha Limpa, notava-se, com clareza cristalina, junto a cada um dos Senadores, a diferença perpetrada por aquelas presenças.
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Após a 1ª. Marcha Nacional, o presidente em exercício da Câmara, Marco Maia (PT-RS), recebeu representantes de movimentos em favor dos direitos dos homossexuais, acompanhados por integrantes da Frente Parlamentar da Cidadania LGBT, deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e Pérpetua Almeida (PCdoB-AC), em que a principal vindicação foi a aprovação do Projeto de Lei 4914/09, do deputado José Genoíno (PT-SP), que aplica à união estável de pessoas do mesmo sexo os dispositivos do Código Civil referentes a união estável entre homem e mulher, com exceção do artigo que trata sobre a conversão em casamento.
/O presidente em exercício da Câmara lembrou que o projeto está sendo analisado neste momento pela Comissão de Seguridade Social e Família e que acompanhará seu andamento através da Frente Parlamentar. Como se pode notar, como é difícil obter alguma coisa deste Poder Legislativo!!!
/Enquanto isto, novas vitórias se somam, administrativamente, no Poder Executivo. Conforme, recentemente, havia prometido a diretora de Promoção de Direitos Humanos da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência, Lena Peres, o Ministério do Planejamento publicou no Diário Oficial uma Portaria garantindo o direito das servidoras públicos federais travestis ou transexuais de usarem o nome social (como preferem ser chamados) em cadastros dos órgãos em que trabalham e até nos crachás de identificação, assim como, também largamente noticiado, outro benefício foi reconhecido pela mesma administração pública federal, através do Itamaraty, que passou a conceder passaportes diplomáticos ou oficiais para companheiros de servidores homossexuais que trabalham nas representações do Brasil no exterior.
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Donde se chega à conclusão que vivemos dentro de um país cheio de contrates. Alguns possuem direitos e outros não. Se uma lésbica, gay, bissexual, travesti ou transexual for um funcionário público federal, terá reconhecidos inúmeros direitos que os cidadãos lgbts comuns não têm. Estes continuam a depender de uma demanda judicial vitoriosa para verem alguns de seus direitos reconhecidos. Tudo isto por causa do Poder Legislativo e seus políticos homofóbicos, que se negam reconhecer os LGBTs como cidadãos que pagam impostos e devem ter, igualmente, seus direitos garantidos constitucionalmente, finalmente reconhecidos.
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Fotos:
1-site UOL Elza Fiúza/ABr
2- Pânico na TV - site MundoMais
3-Agência Câmara de Notícias - JBatista
3 comentários:
bem feito pro panico...eles acham que podem fazer piada de uma coisa tao seria, se ferraram.... queria ver se o emilio surita ou zurita sei la ia gostar se alguem fizesse uma reportagem zuando aquele fantoche do filho dele e os outros dois noiados dos tais colirios... queria muito ter ido, mas estava trabalhando tambem.
aquele abraço Carlos.
Tava mais do que na hora do cidadão LGBT se movimentar politicamente falando. Luta não é questão de militância, ninguem aqui luta para SER GAY, luta-se para ser o que é e ter seu direito respeitado!
Sem abrir criticas contra a Parada do Orgulho de São Paulo, deixo aqui um desejo de que a mesma tivesse no minomo um carater mais social do que festivo.
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