O presente blog se propõe a reflexão sobre os Direitos Humanos nas suas mais diversas manifestações e algumas amenidades.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Padre Polonês cria "masmorra erótica" na Igreja Divino Espírito Santo no RJ


A Justiça do Rio enviou nesta sexta-feira à Polícia Civil o decreto de prisão preventiva do padre polonês Marcin Michal Strachanowski, 44, suspeito de transformar a casa paroquial da igreja Divino Espírito Santo, em Realengo (zona oeste), numa espécie de "masmorra erótica".

Policiais da 33ª DP (Realengo) fazem buscas para tentar localizar o sacerdote.

O padre não foi localizado na paróquia nesta manhã. Segundo a polícia, o passaporte do suspeito foi apreendido no ano passado e a Polícia Federal já foi alertada.

O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) informou que o pedidode prisão foi decretado na quinta-feira (20) pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Bangu, Alexandre Abrahão Dias Teixeira. Segundo a denúnciado Ministério Público Estadual, o religioso teria algemado um jovem, na época com 16 anos, a uma cama e feito sexo oral nele, na casa paroquial.

A vítima afirmou que o sacerdote chegou a oferecer dinheiro com a exigência de "silêncio" e o ameaçou, dizendo que "já sabia as flores que colocaria em seu caixão".

"As provas colhidas durante a investigação apontam o indiciado como uma pessoa compulsivamente ligada a sexo com adolescentes. O acusado arregimentava esse rebanho de inocentes jovens para levá-los a sua casa paroquial, subestimando sua alta relevância espiritual para transformá-la numa espécie de 'masmorra erótica' onde submetia estes jovens, inclusive com emprego de algemas, as orgias descritas entre risos nas 'conversinhas' mantidas com seus amigos na internet", escreveu o juiz na decisão.

No processo, o jovem detalha as tentativas do padre em aliciá-lo, inclusive com "beijos lascivos mediante emprego de constrangimento". O adolescente havia deixado a igreja em 2006, após dois anos servindo como coroinha, mas o sacerdote o convenceu a voltar a frequentar a paróquia em 2007. O abuso teria ocorrido próximo ao Carnaval daquele ano.

"Ele solicitou a presença do jovem na casa paroquial, que estava deserta. No quarto, no segundo andar, após algemá-lo à cama, o despiu e nele praticou sexo oral e tentativa de sexo anal ", mostra a denúncia.

Ainda de acordo com a denúncia, em 2006 a vítima --que exercia a função de coroinha na paróquia-- se desligou do grupo religioso, sendo novamente procurado pelo padre denunciado no final do mesmo ano e no início de 2007, ocasião em que iniciaram conversação e troca de correspondências e mensagens de "cunho pornográfico" via internet.

"O denunciado, ainda usando de coerção, colocou um dinheiro no bolso da vítima, e exigiu silêncio, ameaçando que todos ficariam sabendo do ocorrido. Posteriormente, percebendo a recusa do menor em receber suas ligações, o denunciado, ao ser atendido ameaçou de morte a vítima. E o perfil desenhado pela prova indiciaria sua franca capacidade de usar sua postura de padre para executar 'lavagem cerebral'", destaca a denúncia.

O padre é acusado pelos crimes contra os costumes e corrupção de menores. Se condenado por atentado violento ao pudor, ele pode pegar até dez anos de prisão. Embora o crime atualmente tenha sido revogado por lei, à época dos fatos estava previsto no Código Penal.

Na decisão, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 1ª Vara Criminal de Bangu, na zona oeste, afirmou que o religioso transformou a Casa Paroquial numa espécie de "masmorra erótica". "Os indícios brilhantemente colhidos durante a investigação apontam o indiciado como uma pessoa compulsivamente ligada a sexo com adolescentes", afirmou o magistrado.
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Em nota divulgada hoje, a Arquidiocese do Rio de Janeiro informou que "lamenta o ocorrido" e afirma que "o referido sacerdote já se encontra suspenso de suas funções paroquiais". A arquidiocese afirmou que, além do processo criminal, também corre o processo canônico que foi instruído pelo Tribunal Eclesiástico.
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O padre está errado, sem dúvida. Mas que essa história parece mal contada, isto parece.
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Vamos combinar que um jovem de 16 anos que chega a se deixar algemar numa ato preparatório de jogo sexual, não parece que tenha sido "coagido" como a notícia informa. Tampouco alguém com esta idade, nos dias de hoje, é tolo e não sabe se expressar para dizer 'sim' ou 'não' para uma cantada sexual. Tanto é assim, que o sexo anal não foi consentido.
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Há abuso, sem dúvida, do padre que se vale de sua batina e da subordinação de um coroinha. No entanto, parece que algumas pessoas estão tentando se aproveitar dos escandâlos e dos abusos dos padres para tirarem alguma vantagem econômica da Igreja Católica.
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Um erro não justifica outro. Ainda assim a Igreja bem que merece essa bordoada, já que o celibato me parece ser justificado muito mais na proteção dos bens da igreja, para que os padres não tenham que deixar bens e pensões para herdeiros que realmente um dogma celestial.
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Um comentário:

Julio Marinho disse...

Também acho Carlos, até porque já tive 16 anos, tudo bem que faz tempo pra caramba, mas ainda lembro e sei que de ingênuo uma pessoa de 16 não tem nada, a não ser é claro, que seja do interior, do interior, do interior do mais longínquo interior, ou que tenha algum tipo de retardo mental. Fora isso, para né!
Mas quer saber? O padre merece, bem feito!

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